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    O Blogger do Zongo Armando foi pensado na perspectiva de partilhar ideias, reflexões e conhecimento embasados na cultura geral e nos acontecimentos do nosso dia-a-dia.

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NÃO SEJA OBJECTO DE PROPAGANDA DE FAKE NEWS

NÃO SEJA OBJECTO DE PROPAGANDA DE FAKE NEWS

Na verdade os riscos das novas tecnologias são inevitáveis para todos os usuários mesmo para aqueles que usam com moderação ou com cautela. Mas existem riscos que podemos evitar e por acaso fake news é um deles.

Os seus amigos virtuais podem ser vítimas de fake news e isso afecta você já que tudo que eles partilham aparece no seu feed de notícias. Entretanto, existe uma grande possibilidade de você ser directamente o canal promotor de fake news, como? Vou explicar.

Segundo várias denúncias que estão sendo feitas relacionadas com assuntos políticos existem grupos organizados que criam notícias falsas para afectar a opinião pública a seu favor mas com mentiras descaradas já que os autores são apenas figuras virtuais.

Eles criam jogos através de sites e aplicativos que dizem: saiba quem é você, com que famoso você é parecido, a sua futura casa, a sua futura esposa (o), veja o seu rosto com x anos, ... . Ao entrar no site solicitam a sua permissão para que o site tenha acesso a sua conta do Facebook ao clicar sim ou continuar simplesmente você está dando acesso livre para usarem o seu Facebook como gestores. Mas como eles são muito inteligentes raramente farão uma publicação como tal mas tendo acesso a sua conta eles podem colocar gosto em seu nome nas páginas falsas deles, e basta um gosto para que todos os seus amigos tenham acesso a essa publicação, com isso uma única informação publicada em várias páginas falsas torna-se uma febre nas redes sociais e aí pode se aplicar um dos princípios fundamentais da lavagem cerebral, uma mentira repetida várias vezes se torna verdade.

Então, não siga moda, não entra nesses joguinhos das redes sociais.


Zongo Armando em, NÃO SEJA OBJECTO DE PROPAGANDA DE FAKE NEWS.

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OS NEURÓTICOS ASSOMBRAM O MUNDO

Existem grupos, aliados de SATAN, que estão se preparando para derrubar a ordem mundial. Querem legitimar todas as práticas que entram em atrito com os padrões pré estabelecidos. 

Querem legalizar o uso de drogas pesadas, pedofilia, ... . Querem impor uma trágica ideologia de géneros. 


Usam a internet de forma imbecilizada, criam sites, bloggers, inventam argumentos científicos e assumem ser investigação de uma universidade de renome do Estados Unidos e divulgam a informação de forma viral e irracional, induzindo milhões em curiosidades imundas e dúvidas que dão espaços a janelas killers power duplo p. 


O neurótico sofre improdutivamente, de um jeito excessivamente orientado para fora, que não o leva a lugar algum (Christian Dunker, psicanalista).

Zongo Armando em, OS NEURÓTICOS ASSOMBRAM O MUNDO.
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A HISTÓRIA DEVE SERVIR COMO O LUGAR DE REFLEXÃO E NÃO DE ACOMODAÇÃO


Este texto foi elaborado em função de uma conversa entre o Rodolfo Vandunem e Zongo Armando no Chat, através do aplicativo Messenger.


Rodolfo Vandunem: A história de angola começa onde começa porque quem as escreve só as conhece dalí. Os portugueses, todos manuais de ensino angolano é feito em Portugal sob jugo dos portugueses. Nossos antepassados não deixaram registos escritos, foram conhecimentos verbalizados transmitido de uns para outros. Isso perde a originalidade no contexto temporal, altera-se totalmente. Veja a história de jacaré bagão, aquele que foi pagar imposto, esta teve substância portuguesa e por isso ainda revive e tem marco histórico. Você não pode esperar meu amigo que sua história completa seja contada por aquele que a acompanhou em parte apenas, por aquele que teve uma grande parte da influência negativa dela.

Sobre escravatura eu penso que África não foi a única a ser vítima disso. Islândia foi escravizada, América também e olha para eles? Os destratos eram os mesmos, sempre houve. A escravatura em África existiu antes da chegada dos portugueses, sabia que o reino do Congo por ser tão poderoso e extenso cobrava impostos dos outros reinos? Sabia que como resultados das guerras tribais as tribos que perdiam, perdiam os homens( guerreiro) para trabalho igualmente forçado e que as mulheres eram usadas e abusadas? Antes dos portugueses chegarem o mal em África-angola já existiu e mesmo na europa também. O que os ingleses faziam aos índios? Ou povos da índia esqueço o termo. Então Zoarx sofremos 500 anos de colonização, o colono não é vítima, foi parte do sistema económico, mas do outro lado estavam nossos ancestrais. As ocupações de terras em África eram feitas de modo negociado, a tribo que ia em busca de ajuda aos estrangeiro oferecia como parte do acordo o domínio das terras para o cultivo e oa homens presos na guerra e a toma das mulheres como escravas de cama. Foi assim que muitas terras em África chegaram as mãos dos estrangeiros. Veja Cabinda, nunca foi colonia de Portugal, eles temeram perder a guerra contra um dos congos que oa quis em seu domínio assim como Espanha quis Portugal, mas os filhos de cabinda correu em busca do exército português e assinaram o tratado de simulambuco, que visava a estadia dos portugueses por lá para os proteger contra os dois congo e em troca, explorassem a madeira e o resto. Os reis do togo, Nigéria e outros já mandavam os filhos estudarem fora na época.

Zongo Armando: Me lembro que já falamos sobre isso e eu me lembro ter escrito que o empreendedorismo que se quer para a população em geral deve ser implementada para os países e governos.

Se a gente reconhece o tráfico de escravo como um mal antes dos portugueses. A vinda deles em África não torna isso boa coisa. E mesmo não tendo vídeos mas não acredito que o tratamento dado a escravos escravizados pelos africanos era o mesmo tratamento que eles recebiam de brancos
A gente acompanha nos vídeos que o tratamento era o mesmo que aconteceu em Auschwitz
Com diferencial a questão da morte. Apesar das justificativas da época os russos com todas as falhas que tiverem nas guerras de mundiais, os erros e traições de Stalin que condenaram o país e Eles usam o dia 9 de maio como momento de reflexão daquilo que eles viveram com Hitler. Eles até podem admitir os erros que eles cometeram mas isso não ofusca a maldade dos outros

Rodolfo Vandunem: Mas antes da vinda dos portugueses já existia a escravatura entre os próprio gigantes e anões de África com o tribalismo. Os portugueses não objectavam angola, isso era verdade. A india era muito cobiçada pelos europeus.

Zongo Armando: Os brancos foram maus, foram oportunistas, eles abusaram do conhecimento que tinham e usarem de má fé. Tiveram a coragem de usar um espelho para tirar vários seres humanos em troca
Mesmo eles sabendo que um espelho ou vidro não valia aquilo

Rodolfo Vandunem: Os brancos queriam dinamizar suas economia e expandir seus territórios Zoar. É negócio, quem aceita a proposta é o burro. Note uma coisa seus bisnetos vão um dia falar do mesmo jeito sobre o contrato de 100 que nosso presidente fez com a China e a Rússia por eternidade em troca de ajudas mesquinhas. Quem na europa já fez um trato assim? Burros são os que aceitam

Zongo Armando: É tipo ser dono de uma loja e nessa fase de desespero dos angolanos vender produtos expirados por falta de alternativas. Isso não é inteligência, é má fé mesmo. E mundo está assim, o importante é o benefício que isso trás para mim. Eles não queriam, eles continuam querendo

Rodolfo Vandunem: Note, os africanos são instáveis. Não têm noção do que fazem e sempre foi assim
Zoar em economia maximizar lucros é um factor crucial, não se brinca com isso

Zongo Aramando: Maximizar o lucro não pode atropelar a ética.

Rodolfo Vandunem: Agora, o sistema comercial ou mercado deve ser regulado entre as partes envolvidas, mas o africano não sabe contrapropor.

Zongo Armando: Por isso se promove tanto o Stive Job que assume que começou às suas criações roubando a Internet do vizinho e dão palestras se orgulhando dessas sujeiras.

Rodolfo Vandunem: Vou te dar um exemplo. Quando a China decidiu usar suas moedas nas transacções comerciais que faz pelo mundo, algo que o tornaria potência e colocaria os USA para trás, o estados unidos contrapôs dizendo. Insistimos que continue com dólar caso não, seus produtos para África e europa não podem passar pela área de jurisdição dos USA. Isso era fechar a exportações deles, não há como seus produtos virem até a África sem passar pela América. Viu? Mas você vê o que a China fez com angola. Vou te emprestar dinheiro, mas esse dinheiro deve ser gasto nas empresas chinesas, quer dizer eu vou fazer o que queres no teu país no valor deste dinheiro, em contrapartida tu me dás terras para cultivo e habitação de parte do meu povo angola aceitou. Jovem não há aqui qualquer infortúnio nisso.

Zongo Armando: A questão do dólar e Euro mesmo aqui nos russos continua sendo uma questão. Há assim, porque eles podem ser razoáveis nas propostas. Mas de qualquer forma, angola aceita as vezes não por ser burro mas é bem provável que não tenha muitas opções. Por outra, os nossos líderes são corruptos e nisso a gente aqui não tem dúvida.

Rodolfo Vandunem: Não, o exemplo é só para veres a retórica das propostas em função de interesses maior. Mas os africanos só aceitam e era assim também no tempo comercial. Você conhece a cultura do tio e sobrinho, sabes bem que os tios tinham o poder de vender os sobrinhos

Zongo Armando: Eu sempre defendi a visão que o ocidente não tem culpadas nas desgraças africanas pelo menos nesses novos tempo e vc sempre defendeu o inverso. Parece que hoje estamos trocando as personagens rsrsrs...

Rodolfo Vandunem: Um negócio sem restrições no uso da pessoa e por isso o holocausto que a África viveu, a culpa é quem? Do português? Se este não comprasse provavelmente o holandês compraria e o reis ficariam ricos sempre.

Zongo Armando: O contexto da escravatura é extremamente diferente mano, chegou um ponto que esses reis que colocas em causa perderam o controle e a autoridade, e eles continuam usando a força para atingir com os seus objectivos. Quando o mundo inteiro clamava pelo fim da escravidão eles continuaram torturando as pessoas para satisfazerem as suas necessidades.

Essa ideia que o Bolsonaro está trazendo de que os próprios africanos é que entregavam os escravos não é razoável. Alguns países mais atentos não condenam apenas o corrompido mas sim o corruptor também. Quando o tráfico de escravo foi proibido muitos deles de forma teimosa continuaram a praticar o acto. A gente vai perder o foco na construção da sociedade se começar achar que eles são vítimas. Se fossem vítimas deveriam continuar com o tráfico de brancos mas eles rapidamente perceberam que brancos eles humanos e abandonaram e preferiram continuar com negros que eram animais.

Rodolfo Vandunem: Eles não são vítimas. OSão parte da maldade assim como nossos ancestrais foram. Eu conheço dois velhos cujo os avós participaram a venda de escravos.
E assumem isso. Eu não gosto da ideia de nos ofendermos muito com certos falatórios. Para mim se a África se organizar se os líderes se comprometerem com os seus países, não haverá mais insultos. Veja a Ruanda, Paul kangame proibiu entrada de muita coisa por lá e ninguém sofre por isso
Existem várias evidências de que nós participando da máfia, até os nossos livros não escondem isso.

Zongo Armando: Eu sempre achei isso, a vitimização vai nos levar a lugar nenhum.

Rodolfo Vandunem: A África precisa entender uma coisa : Ela não é inferior a nenhum outro continente.
Zongo Armando: Mas o problema não está ali e ela pode sim e fazer diferente e melhor porque já conhece a realidade dos modelos convencionais basta aprimorar. O problema é que esses caras são corruptos e o povo obediente demais Primamos pela bajulação. O importante é a satisfação do estômago.

Rodolfo Vandunem: Está a ver, é essa vergonha que tenho. E as desculpa são sempre a escravatura as guerras e tanto. O Israel nunca teve paz tem 600 anos de experiência de guerra, não tem solos férteis mas têm a melhor e mais eficiente agricultura praticada. É aprender a ludibriar as dificuldades, tornar as fraquezas em forças. Nossos líderes sentem-se vaidosos ao ir para europa se curar nos hospitais de lá, enchem as bocas para dizer com orgulho, os meus filhos têm formação do exterior. A ideia da escravatura disposta pelos nossos ancestrais em angola se mantém. Você por exemplo estuda na Rússia quando vieres e procurares um emprego numa empresa de um angolano onde um russo que estudou na mesma escola que tu e faz a mesma coisa tu na empresa vais ver que o angolano vai pagar a ele milhões e a ti centena. De quem é a culpa? O africano se rebaixa muito diante da cor, feio isso! Muito feio e desprezível! As pessoas devem se curvar diante do conhecimento demonstrado no exercício de uma função, curvar-se para aprender e não pensar que noutra coisa.

Zongo Armando: Hoje vivemos esse neocolonialismo fomentado pelo próprio preto, mas é a hora da juventude criar alternativas. Precisamos começar a caminhar, se não estamos sendo iguais a esses líderes. Quanto a questão de refletir a áfrica a questão deve ser dita com detalhes e fontes boas para não menosprezar a raça que já vive no preconceito

O Kwame Khruma escreveu nas suas obras muitas coisas que fortemente contribuíram no não progresso da África. A ideia que ele relata de líderes da Amostra é uma realidade. Os países que citas se calhar foram de concreto libertados, diferente de África que deixaram as sombras enganar o povo mas eles continuaram no comando. O Kwame Khruma sofreu perseguição, ao ponto de fugir do seu próprio país e acabou morrendo fora dele.

A ideia de vitimização deve sim acabar mas essa gente tem mesmo prejudicado muito a áfrica. Há um olhar desprezível do homem branco a África, eles acham que as riquezas que têm nos países deles pertence a eles mas e as riquezas que tem em África também são deles e por solidariedade nos dão lá um pouco.

Rodolfo Vandunem: A culpa é nossa, eles fizeram com china, com Ásia toda mas vê se fazem mais.

Zongo Armando: A ideia de chamar toda responsabilidade para nós é boa mas deste jeito vamos chegar a conclusão que o estados unidos nunca fez mal nenhum ao mundo

Rodolfo Vandunem: Faz, mas se o bem permite o mal, eu não posso culpar o mal
Se organizar não custa nada que a África não tem nem pode
Custa apenas o comprometimento
Zongo Armando: Recentemente estavamos a debater sobre a febre dos Coach’s que muitos deles não têm nem se quer uma roullote mas empregam a mensagem de prosperidade, você e eu não caímos nessa porque temos noção das coisas, temos instrução para distinguir as coisas mas precisamos compreender que nem todos atingiram essa mentalidade, então, vamos culpar eles por crescerem numa sociedade deturpada?

Rodolfo Vandunem: É aí que eu digo, nós temos que arranjar um mecanismo de transmissão. Os decisores não mudam porque não querem, outros sistemas não costumam estar fechado a eles quando vão para fora mas vêm para cá com esperança de voltar lá e não de melhorar cá, mas os bolsos sempre a encher o africano tem a mania de acumular riquezas sem levar em conta o seu tempo de vida e por isso não assume uma grandiosidade com os seus países. Nos meus discursos que muitas vezes parecem utópico, eu chamo a razão aos decisores. Os cargos do governo são de serventia e não de burguesia como se vê.

Um ministro, um presidente, um governador não pode aprovar e activar o dinheiro para uma infraestruturas sem ele próprio fiscalizar. A Noruega faz isso, porquê outros não fazem?

Zongo Armando: Mas a ideia de tentar passar uma borracha as atrocidades do ocidente não é o caminho. Nós podemos nos afirmar sem medo sem preconceitos sem pavor. Não precisamos nos drogar para nos sentirmos mais potentes.

Rodolfo Vandunem: Em África nada vai mudar se os da gestão do topo não assumirem o compromisso seremos obrigados a lutar contra eles frustrados. O que o ocidente fez, deve ficar marcado na história e a história será mais bela se contarmos ela concluíndo com visível superação. Mas não, a gente prefere contar a história.

Zongo Armando: A ideia de achar que o ocidente apenas faz o seu trabalho, nunca falhou nos processos é perigosa, estamos a usar uma balança desequilibrada.

Rodolfo Vandunem: se os nossos líderes não se formarem, se organizarem e continuarem corruptos nada vai mudar em África, o ocidente sabe deste hábito dos africanos dos 10 % de comissão em tudo que faz
Concordo

Zongo Armando: Eu sou defensor da ideia de que as lideranças têm grande influência. São corruptos sim. São desonestos sim, nisso a gente não tem como refutar. A impunidade é outro calcanhar de Aquiles.

Rodolfo Vandunem: A agenda de um político nos países em desenvolvimento deve ser 90% em campo de obras, 5% na apresentação dos relatórios aos superiores e ao público e outros 5% nas relações externas. Aqui o que se vê é o contrário. Todo aquele que não acompanha uma obra, faz a vida da construtora.

Estou farto de mencionar assumir cargos políticos e no governo em Angola tem de começar a dar certo temor

Eu sinceramente ando frustrado, não por falta de uma boa casa ou dinheiro, mas porque vejo que meu sonho de influenciar, descobrir ou tentar, não tem estrutura definida, estou sempre a ser convidado pelo governo da província para fazer estudos mas não há cabimentação e sustentabilidade às actividades. Laboratórios limitados e enfim.

Somos intimados a viver crendo na futilidade padronal.

Zongo Armando: Mas se baseando na sua conclusão vamos perceber que nós o povo é que somos idiotas. Porque eles são ricos, têm boa vida, viagem para onde querem. Desfrutam do melhor do mundo. Têm relações sexuais com que bem entendem e para manter essa vida o modelo de política adotada é o melhor para eles.

Rodolfo Vandunem: A solução contra os que nos importunam é possivelmente agressiva, não aconselho. Em suma, eles são inocentes e nós que somos culpados de tudo

Mas isso é ser como moscas que limpam as mãos por cima de fezes.
Eles não são, nunca foram, nós somos em parte. Somos vadias mulheres que acreditam em falácia de um mero conquistador em tempos de eleições

Zongo Armando: É nesse ponto que as coisas não batem para mim, essa gente é maldosa, nós não podemos construir um mundo em que para o meu bem vale tudo, a maldade existe e ela deve ter o seu espaço como maldade . Justificar todos os males vamos tirando as vantagens de fazer o bem, ou seja, não há vantagem nenhuma em praticar o bem, não há necessidade de ser honestos, não há necessidade de tratar os outros com dignidade já que o que está em jogo é apenas o meu bem. Dizer que eles não têm tanta culpa porque apenas conservam o seu pão estamos assumindo que no lugar deles faríamos o mesmo ou até pior.

Para ilustrar, eles monta uma educação que começa já a assassinar o pensamento crítico e criativo, como podemos culpar alguém que foi alterado geneticamente desde a infância? A maior parte dos estudantes para desenvolver pensamento crítico têm que ganhar uma bolsa para viverem outra realidade e despertar o cérebro, com poucas exceções.


Eu já tentei convencer muitos sobre a necessidade e a importância de desenvolver o pensamento crítico mas eles eram contra mim, agora  publicam comentários a partir dos Estados Unidos acusando o povo de ser cúmplice das mazelas sociais.

Rodolfo Vandunem: Eu sei que não sou perfeito, se tivesse a responsabilidade deles teria de qualquer jeito alguém resmungando num dos cantos do primas por insatisfação de alguma coisa, mas educação e saúde não. Cuba conseguiu e nós também podemos.

Zongo Armando: Temos que compreender a nossa realidade e apropriar um processo revolucionário que resulte. Vê alguns países que conduziram revoluções a base das primaveras árabes, estão falindo, porque eles achavam que bastava matar o líder tudo se resolve mas infelizmente não. O próximo não foi treinado para viver numa democracia por isso mesmo aplicando golpes de estados eles repetem os mesmos erros

Rodolfo Vandunem: Primavera árabe, lixo de revolução o início foi louvável.Não, temos de treinar as pessoas a passar para além do consumo. A geração angolana acha que o mais importante é ter os prazeres da vida como riquezas e luxúria

Zongo Armando: Penso ser necessário tomar a consciência da necessidade de contribuição. Penso que é importante abandonar a vitimização mas isso não pode significar necessariamente inocentar o outro lado. Porque compreendo que a reclamação descabida, o conformismo é o ganho deles. E a gente não pode continuar a dar esse gosto para eles apesar dos apesares.

Rodolfo Vandunem: Não fazem memória a estes factos o importante é deixar para trás, construir o presente e perspectivar o futuro. Destes discursos históricos só brotam ódio.

Analisar e fazer leitura de uma realidade significa ódio? O branco levantou a sua produção oferecendo orgulho aos seus cidadãos, porque quando se fala de orgulho para os africanos a coisa torna-se uma questão racial?
Tens que visitar a Rússia, essa gente têm a Rússia em primeiro, segundo, terceiro e com certeza em quarto lugar. Eles sabem que a guerra fria lhes persegue mas não desistem por nada e nem querem se render mesmo o dólar oscilando todos os dias.
Esse orgulho deve ser transportado para África, nos livros deles os cientistas deles estão em maior destaque. Todos os livros de gramática vc encontra os textos de Lomosov, Gargarin, Mendeleev, Dostoiévski, Tarstoi, Puskin, .... Com algumas exceções encontras textos sobre Einstein, o fraco do Newton kkkkk... Lavoisier, ...
Os russos já não têm inimizade com os alemãs, aliás, é um dos países que os russos mais vão para turismo e estudos, trocas de experiências, é fácil encontrar russos que falam alemão. Mas isso não os impede de refletir com frequência sobre os massacres do nazismo, isso não é incentivar o ódio mas o passado é a chave do futuro.

Rodolfo Vandunem: Eu disse fazer discursos que se prendem ao passado incita ódio sim. Temos de fazer discurso que elevem o africano desta nova base.

Zongo Armando: África para se compreender precisa saber fazer a leitura do passado e mais construir museus ricos com matéria de escravatura, com pessoas bem treinadas pode ajudar no turismo e levantar a economia. Na Polônia está assim, apesar dos massacres de auschwitz, construíram nesse lugar espaço de reflexão para que todos saibam dos horrores do holocaustos.

Rodolfo Vandunem: A história de África não começa com a escravatura. Se queremos isso devemos entender a escravatura é só uma faceta dela.

Zongo Armando: Uma grande faceta como as duas guerras mundiais que mudaram o rumo do mundo e da ciência.

Rodolfo Vandunem: Mas ninguém pode se atrever a contar a história do mundo inteiro começando pelas duas guerras, antes delas existiu a queda dos impérios, existiu as cruzadas e outras tantas coisas que levaram o mundo até a um ponto encontrado pelas duas guerras.

Zongo Armando: O branco veio para o continente e encontrou um estilo de vida mas eles de forma abusada usaram o conhecimento tecnológico que tinham para fazer uma negociação de má fé que você defende ser normal. Mas perceba que o homem só sente falta daquilo que existe. Com a influência forte do estilo ocidental no continente as nossa forma de se relacionar foi desfeita. E passamos a sentir sede daquilo que antes não sentíamos que era ocupar o lugar do opressor. Eles são culpados por isso? A culpa é deles por encontrarem povo que se deixou seduzir pelos espelhos? Segundo você não. Mas se tentarmos observar a revolução africana, vamos perceber que em grande medida os indivíduos que conduziram a revolução em África tiveram que abandonar a sua forma de se relacionar para entrarem na escola do colónio para aprenderem a ler e analisar as coisas segundo a visão deles para que a revolução fosse uma realidade. Isso aconteceu com Agostinho Neto, Savimbi, Samora Machel, Amílcar Cabral, Kwame Kruma, Tomás Sankara, Nelson Mandela, ... Isso é tipo criar uma espécie de inteligência para invadir os povos índios que ainda vivem nas florestas ou Khoisans. Eles podem resistir no início mas podes crer que eles não têm inteligência nem tecnologia para vencer a civilização moderna por mais que eles queiram manter a sua cultura. Esses povos sobrevivem por se reconhecer o espaço deles e pela importância histórica deles. O povo africano não tinha sede do estilo europeu, eles não pediram, eles foram invadidos e estando o europeu mais avançado na tecnologia e na inteligência artificial usou para desfazer tudo começando inicialmente a fazer lavagem cerebral por intermédio da igreja ocidental.

Rodolfo Vandunem: Abordagem fora do contexto real.

Zongo Armando: Eu reitoro a necessidade de compreender que isso não é justificar os erros mas sim é preciso não dar lugar de santo ao diabo. E fazer uma leitura do processo colonial e as formas como as revoluções começaram a ser activadas vamos perceber que na época os nossos ancestrais não tinham orgulho suficiente, inteligência suficiente, ciência ou tecnologia para desafiar o ocidente naqueles vestes. Se os nossos antepassados não tinham ciência e tecnologia isso não é uma questão de culpa simplesmente a realidade deles não exigia tais condições.

Rodolfo Vandunem: pare meu amigo, pare. Me diga, vamos assumir que OK, o brancos nos fizeram muito mal, foram eles que nos invadiram com tudo! Agora estamos aqui, buscar construir esse pensamento ajuda-nos em que? É essa a questão. Precisamos construir a historia e contar ela com realidades triufantes, será um exemplo superação, agora construir só história? Para que?

Zongo Armando: A gente pode estabelecer um novo referencial mas se queremos motivação para isso podemos buscar todas as necessárias menos essa de que os brancos são inocentes. Já não vamos a tempo de recuperar a cultura pré colonialista, até porque acusaria incompatibilidade, a sociedade actual já não vai se rever numa cultura fora da realidade construída. A história deve ser construída como aconteceu, fora disso pode servir de ponto de rotura para as futuras gerações, cada um deve levar o pacote da sua responsabilidade no cenário.
Se contarmos a parte bonita hoje amanhã vira alguém que contará a parte feia, desaba tudo. Isso está acontecendo com Agostinho Neto, Mandela, Luter King, ... é preciso que a história tenha coerência para ser usada de base.

Rodolfo Vandunem: Eu nunca disse que eram, eles faziam parte do negócio mas não eram os donos. Se eles não comprassem outro por exemplo em Angola comprariam o holandesea. Escreva a tua história sim, mas não te prenda a isso, pois não te soma em nada. Acha que a india está preocupada com o tempo que a Inglaterra os colonizou? São a maior indústria de tecnologia de informação dos USA. Estão aí preocupados em crescer.

Zongo Armando: Eu reconheço esse discurso mas a gente não pode tapar o sol com a peneira, os problemas existem e devem ser encarados. A perspectivas de que poderíamos ter feito mais isso também é verdade. Mas os países que citas como exemplo não esqueceram a sua história para construir o que construíram. Eu estou na Rússia, reconheço o potencial do país, a Criatividade, aposta na ciência, a inovação, mas atenção que o nome ESTADOS UNIDOS não sai dos livros deles nem da boca deles.

A escravatura já não representa um problema para África. Ela só deixou traumas bem longe do tempo actual, hoje os danos mais trágicos para angola por exemplo são representados pela guerra dos 30 anos MPLA e Unita. A Rússia está em guerra fria contra o USA até hoje, é normal. Mas nós não temos guerra contra o ocidente, temos guerras contra a falta de compromisso dos nossos próprios dirigentes

Zongo Armando: O neocolonialismo é uma realidade, a gente pode contornar isso sim mas existe. Muitos países africanos que ainda recebem ordens externas para executar muitas actividades. A libertação dos 15+2 é um dos exemplos claros
Mas eu não quero me prender nisso, a gente hoje tem mais oportunidades, isso é claro também e devemos incentivar autocrítica e censura como forma de se reinventar

Ronaldo Vandunem: Neocolonialismo é a globalização. Por isso digo, disto só a parte boa devíamos pegar.

Resumo de Rodolfo Vandunem: Todos envolvidos devem ser relatados na construção histórica da faceta que representa o colonialismo na história da África. A África precisa redefinir-se e colocar-se no centro dos seus actos. A África precisa começar a firmar os conhecimentos, aplicar e criar seus próprios meios de tecnologias ainda que pareçam rudimentares. A África precisa perceber que não é inferior a nenhuma outra raça, a auto valorização constitui um potencial a preço na valorização externa. 

A justificação não pode ser vista como meio de subversão a nossa realidade
Enviada através do Messenger


Zongo Armando & Rodolfo Vandunem em, A HISTÓRIA DEVE SERVIR COMO O LUGAR DE REFLEXÃO E NÃO DE ACOMODAÇÃO

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TUDO É TRADIÇÃO, A DIFERENÇA ESTÁ NA TRADIÇÃO EM QUE VOCÊ PREFERE ADOTAR.



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TUDO É TRADIÇÃO, A DIFERENÇA ESTÁ NA TRADIÇÃO EM QUE VOCÊ PREFERE ADOTAR.
                                  
O que é a tradição?
Será a tradição uma prática imbecilizada?
Qual é o valor e o impacto da tradição na civilização de uma sociedade?
Qual é a relação entre a história e a tradição?

A TRADIÇÃO É A PERSONALIDADE DOS IMBECIS (ALBERT EINSTEIN).

A tradição em termos etimológicos deriva do latim “traditio” que significa entregar ou passar adiante. Em termos concretos, representa uma função sequencial de valores, hábitos, visões do mundo passadas de geração para geração. O Einstein foi infeliz na minha visão ao proferir a frase que imbeciliza a tradição sem excepção. Ao afirmar que a tradição é personalidade dos imbecis queria ele colocar o experimento como única forma de convivência. A lógica não pode ser a base da existência da espécie humana, pelo menos para a realidade actual, o mundo é sustentado pelo ilógico. A religião é ilógica, a política é ilógica, o casamento é ilógico, a ciência é ilógico em vários aspectos, as crenças são ilógicas, todas essas formas de se relacionar constituem as tradições e receio imbeciliza-las por causa da lógica.

Os consensos podem ter espaços diferentes em função da realidade em análise mas todas elas foram adquiridas como costumes viáveis.

Não defendo a ideia de orgulho ou crença na cegueira, é preciso ser racional (reflectir) em todas as situações, contudo, vale lembrar que a racionalidade não resolve tudo. Algumas coisas acabam soando natureza em função dos limites de integração. Não se trata de querer viver na inocência, entretanto, é uma questão que pode ser facilmente comprovada observando o seu raio de investigação.

REFLETINDO A IDENTIDADE CULTURAL AFRICANA

Em termos históricos não consigo estabelecer referências concisas dos datuns que dão significado a nossa essência, parece que durante o processo do tráfico de escravos a nossa históra foi apagada restando apenas lacunas que infelizmente parecem estar longe das escolas fundamentais e comunicação social. Contudo, podemos observar os ideais de Kwame Nkrumah que tinha como foco recuperar a baixa resolução cultural provocada pela escravidão, mas vale realçar que a conduta das lideranças africanas não têm referências ao modelo africano que o Kwame Nkrumah estabeleceu como base.

O pan-africanismo surgiu quando o Nkrumah dentro dos seus sonhos percebeu o neocolonialismo como o modelo sofisticado de manter a escravidão, entretanto, passou a despertar os africanos no sentido deles perceberem que a verdadeira liberdade tinha que ter origem africana.

Mas os ideias do Kwame não tiveram muito progresso já que a pobreza intelectual persegue os africanos. Porque se formos a ler os livros do Kwame como: personalidade africana, falar da liberdade, os axiomas do Kwame, unidade africana, o neoliberalismo, ... vamos entender que o pan africanismo tomou a direcção errada, as lideranças do continente não obedecem às bases estabelecidas pelo seu fundador. Se o problema está no modelo seria óbvio a necessidade de alterar esse modelo e não o silêncio. Alguns dizem que o pan africanismo queria unificar as tradições, isso não é verdade, esse modelo apenas queria ressucitar as linhagens das diferentes regiões africanas como vectores directores. Porque até ao momento em termos estatísticos não se percebe com uma certa clareza o verdadeiro vector dos ideais africanos, os nossos líderes não têm projecto de sociedade, não falam das suas bases com propriedade.

Os efeitos do tráfico de escravo são visiveis mas é importante acordar do sono, essa justificativa não pode ser eterna, precisamos refletir a África como ela é, precisamos de alternativas independemente daquilo que se houve no passado. Necessitamos de tempo? Evidentemente que sim, mas o dialogo, o debate e  os passos iniciais para mudar o rumo são necessidades urgentes.

Reflectir sobre o tráfico de escravos é de uma importância extrema, sem conhecer a história teremos um futuro opaco, o passado é a chave para o futuro, é preciso analisar as mazelas que os nossos ancestrais atravessaram, os diferentes porquês. A ideia aflorada nos dias de hoje de que a culpa de escravidão é integralmente dos africanos é de uma insensibilidade enorme, sem intenção de remover a culpabilidade dos nossos ancestrais mas chegar ao ponto de colocar o homem branco na condição de vítima é de uma deturpação de parâmetros fora do normal.

Precisamos deixar de ser marionetes do ocidente. Quando os africanos usavam apenas folhas e andavam semi nuas eles nos chamaram de retardados que o vestir adequado não era aquele, seguimos a moda, agora são eles que sentem a necessidade de andarem semi nuas e novamente nos acham de atrasados por usarmos roupas conservadoras demais que eles mesmo nos ensinaram. 

O ORGULHO AFRICANO PODE SER UM DOS CAMINHOS

Infelizmente muitos interpretam esta ideia como um ponto de rotura. É preciso compreender a ideia de orgulho como necessidade de auto-valorização e auto-estima, nenhum povo evolui sem ter orgulho dos seus processos.

Ter orgulho africano pressupõe compreender que as teorias Marxistas não nos servem, a nossa luta não é de classe. Nós ainda enfrentamos problemas de aceitação como espécie humana, mesmo não existindo nenhuma base biológica que sustenta o preconceito dos racistas, e de forma inconsciente  ou emburrecido reproduzimos essas práticas.

Ter orgulho africano pressupõe ler a história para desfazer as amarras que de forma invisível nos impõe um eterno conflito entre irmãos. O petróleo em Angola começou a ser explorado em 1962, muito antes da nossa independência, então, não podemos achar que tomamos a independência em 1975 e já temos o controle da nossa riqueza, a riqueza de Angola beneficia mais o ocidente do que os donos.

Ter orgulho africano pressupõe demonstrar interessa pelas nossas raízes. As primeiras civilizações foram africanas, o Alexandre o Grande depois de invadir o antigo Egipto arruinou a vida dos primeiros filósofos da história da humanidade e entregou as obras ricas de conhecimento ao seu orientador Aristóteles, daí o monopólio do conhecimento pela Grécia antiga.

Ter orgulho africano pressupõe perceber que você precisa defender o mais frágil diante das superpotências sem colocar no colo as malandragens dos nossos líderes energúmenos e parar de reproduzir pensamentos do tipo, achar que séculos de massacre e roubos de riquezas não teriam nenhuma influência nas gerações actuais. Usar exemplo de paises subdesenvolvidos como a Etiópia que não foram submetidos a escravidão como justificativa de que o fracasso está no DNA dos africanos é simplesmente imaturo e desumano, porque isso faz perceber que os países de povos brancos são todos evoluidos e sem pobreza, miséria, desigualdade extrema, corrupção, ... e isso não é verdade. 


A Rússia é uma potência hoje apesar da imagem que tem no mundo é pela capacidade de trabalho que os seus cidadão têm. Mesmo o mundo estando contra eles, eles não se importam com isso, uma coisa eles têm certeza, com trabalho duro o país nunca vai desabar independentemente das sanções que a Europa ou Estados Unidos possa impor. E esse orgulho é evidente na academia, na cidade, nos museus, a maneira como eles valorizam os seus ícones. Eles têm uma identidade que não se emociona nem segue a modinha dos países liberais.

Criar uma identidade para o continente ou para os diferentes países integrantes não é isolar eles da humanidade, não fomentar o racismo, não é promover os preconceitos mas é preciso se compreender segundo a sua realidade sob o risco de não produzir pessoas frustradas sonhadores com realidades deslocadas. Ensinar as pessoas a compreenderem a sua realidade, a valorizarem a sua realidade sem necessidade do conformismo, aprender a se relacionar com a sua realidade, saber discutir a sua realidade, olhar para sua realidade como seu referencial não é discriminar as outras realidades mas sim produzir a reflexão de que a diferença sempre existirá e algumas diferenças reflectem uma realidade objectiva e concreto.

No caso de Angola, pouco se sabe sobre o país antes do Diogo Cão, nos livros de história do país usado para ensino fundamental tudo se resumo no tráfico de escravo. Como podemos construir uma identidade sem saber o passado?

Angola como muitos países africanos não têm identidade própria, desprezam as suas roupas, comidas, músicas, ícones, heróis, ... para eles ser moderno e civilizado significa estar cada vez mais perto do europeu ou americano. Não sou tão radical ao ponto de achar que a questão da roupa ou outra forma de compreender o africanismo deve ser imposta, pela imposição nós conquistamos o medo e não a verdadeira paixão e o amor. É preciso educar a sociedade dos mais velhos para que eles sirvam de modelo para os mais novos. A escola é um ponto crucial, deve incluir no seu programa actividades e temas que provoquem reflexão nesse sentido, o debate na midea deve mudar de rumo, deve trazer discussões construtivas nesse sentido. Pode parecer absurdo mas na minha experiência com russos, eles têm muito interesse em comprar as roupas estilo africano.

A ÁFRICA DEVE COMEÇAR A REFLECTIR SERIAMENTE NAS CAUSAS SE QUER ENCONTRAR RESULTADOS SEGUROS AO LONGO PRAZO.

a submissão a cultura alheia significa submissão do povo que adota a mesma cultura.

Adotar modelos alheios não é o caminho, ao imitar uma cultura, o protagonista ou fundador dessa cultura de forma inconsciente exerce poder sobre você. Qual seria a solução? Refazer tudo? Não é necessário, é preciso compreender que o imitado foi construído numa realidade, com as condições que tinha à disposição e com certeza são diferentes das suas, então, tenta inicialmente compreender a sua realidade e adota as medidas que se adequam à realidade objectiva.

E mais, nós a camada estudantil, académica, intelectual temos que começar a contribuir seriamente, a ideia de pensar só nas necessidades biológicas não têm dado bons resultados. O incentivo a bajulação e ao individualismo tem estado a matar a África.

É TUDO UMA QUESTÃO DE TRADIÇÃO

Observa a roupa do povo russo no século XVII, era uma vestimenta que não responde as questões lógicas, era simplesmente a roupa deles, bonito na visão deles e eles valorizam muito isso. Observa o vestir dos povos árabes, chineses, japoneses, indianos eles têm uma realidade e não cedem por nada e se orgulham disso.

Os angolanos questionam a moda de usar roupas africanas nos pedidos mas nunca questionaram a essência do vestido branco no casamento.
Exemplo, a dança kizomba para angolanos é normal mas para muitos países europeus é uma dança muito íntima porque exige contacto físico demais, mas esse mesmo povo europeu em outros fóruns facilmente se envolvem sexualmente, até podem ter sexo no quarto com vizinho de quarto ao lado, nas florestas que tem acesso público, nas discotecas.

A medida que o número de universitários aumenta no país o questionamento sobre a essência do pedido vai aumentando, muito chegam a loucura de achar que o pedido chamado casamento tradicional não tem lógica nenhuma. Alguns organizam de forma improvisada o pedido e investem tudo no casamento de vestido branco. Se assumirmos que o alambamento uma forma que os nossos ancestrais encontraram de dignificar a família, a filha, o filho, de mostrar o respeito pela tradição, de elevar a essência da união entre dois seres de sexos opostos não vale nada, por que o casamento de vestido branco vale? Muitos dirão que o casamento civil é reconhecido pelo estado. Mas não será que esse estado que reconheceu o casamento civil como a união legítima também pensa como você sobre o alambamento?

Hoje temos movimentos de qualquer tipo, defendendo até o trivial. Legalização do casamento gay, legalização do aborto, a legitimidade da pedofilia, a legalização de drogas, mas se tudo isso não passa de imitação do ocidente por que esses mesmos intelectuais não pedem também a legalização do alambamento como um modelo que compreende a nossa realidade? Claro, com todas as correções necessárias, reconheço excessos.

QUE VALOR É ESSE QUE SE DÁ A TRADIÇÃO QUE SÓ SOBREVIVE NO INTERIOR?

O desorgulho cultural só brilha na metrópole, viajei no interior quer no norte para os Kimbundus/Ambundus e o sul Umbundus e vi como eles valorizam suas culturas e tradições com orgulho e divulgação. Facto eu não conheço um Ambundu proveniente do interior que não fala sua língua quando vê um conterrâneo. assim como não conheço um  Kimbundu que não sente orgulho do que é com excepção dos Luandenses. Mas, os luandenses é como mostra a história um fenómeno de aculturação e desapego devido a concentração colonial e e a recepção global que enfim foram apropriando-se da matriz identitária desta. Culpa claro dos nossos administradores (Governo) que em nada fizeram para travar este triste acontecimento. O problema é se as mumuilas são proibidas de estarem nas ruas de Luanda como se representava... e na maioria das vestimenta de nossos povos eram a base de folhas já deves deduzir o problema. Por outra  a identificação de tecido  e representação a língua pode mostrar em parte isso mas a segregação e a divisão incorre ao presunçoso preconceito sobre origens e manifestações culturais. Por isso tratamos o kimbadeiro de forma prejorativa (Diego Paulo Cunha).

A verdade é que nós fizemos um julgamento em função de Luanda mas esquecemos que angola não é apenas luanda. Entretanto, a gente nota a grande influência que a tradição bakongo tem em Luanda, talvez estejam em maior quantidade, algo que dúvido muito. Mesmo os bakongos que ocupam cargos políticos de destaque são distinguidos pela sua assunção contundente as suas origens, algo que pouco acontece com os outros. Muitos políticos bakongos usam os trajes a vontade mas os outros vivem engravatados até nos seus quartos. Algo não tem sido bem trabalhado nessas cultura, ao ponto dos seus descendentes abandonarem tudo ao ascender para topo.

A ideia da cultura não tem sido bem divulgado pela midea, não tem sido debatido, a cultura existe no interior mas na educação não existe, porque os homens que conduzem a comunicação social e a midea não têm cultura. Olha o Fenacult o chamado festa da cultura os participantes aparecem mal trajados, por falta de hábito. A televisão incentiva o uso da roupa africana só nos dias notáveis. Vão na Mabor, Palanca, Petrangol, ... Esses bairros que acumula um bom número de bakongos vais notar a vestimenta africana muito comum no dia a dia, na escola, igreja, ...

VALORIZAR CULTURA VAI ALÉM DO INTERIOR

A questão do orgulho de uma de uma sociedade tem relações fortes com a identidade cultural. Não podemos construir uma sociedade forte e coesa sem percebermos as nossas motivações. As nossas origens têm muito a nos dizer sobre as nossas pretensões.

Em termos gerais sem intenção de polarizar nós sabemos que os bakongos são os angolanos facilmente de serem distinguidos em angola, não apenas pelo sotaque português que tem uma grande influência da língua nacional Kikongo mas são povo sem medo e preconceitos da sua cultura ou origem, falam a vontade o Kikongo em qualquer sítio, usam as roupas a estilo de pano africano mesmo com o excesso de preconceitos que são vítimas, não se envorganham das suas comidas ou gastronomia geral, ... algo pouco comum de se observar em povos de outras regiões principalmente aqueles vivem em Luanda, onde a maioria já tem pavor do funge, se envorganham das línguas nacionais, roupas africanas chamam de popular, comer catato é de pessoa do mato, o português quanto mais próximo de Portugal melhor.

Observa uma curiosidade. Nome de alguns croatas: Rakitić, Modrić, Perisić, Mandzukić, Subasić. Nome de alguns russos: Smolov, Danisov, Glushacov, Ivanov. Nome de alguns islandeses: Halldórsson, Kristinsson, Jónsson, Skúlason, Magnússon, Hermannsson, Sigurdsson. Nome de alguns angolanos: Estiviandra, Minguito, Mauro, Jeferson, Zola, … É uma questão pouco relevante na minha visão mas a curiosidade faz algum sentido.

Se tudo é tradição, onde está a ciência neste contexto?

…..


Zongo Armando em, TUDO É TRADIÇÃO, A DIFERENÇA ESTÁ NA TRADIÇÃO EM QUE VOCÊ PREFERE ADOTAR.
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O FEMINISMO QUE ME SEDUZ


Resultado de imagem para meghan markle casamentoEm termos ideais o Feminismo é um movimento político, filosófico e social que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens. O feminismo em termos de origem não é um movimento de sexista, ou seja, que defende a figura feminino sobre o masculino, mas sim uma luta pela igualdade entre ambos os géneros (www.significados.com.br/feminismo).

A ideia da hierarquia de géneros  não tem fundamentos genéticos, na verdade é uma exclusividade, fruto de uma construção social pautada em séculos de regimes patriarcais. Com toda razão que o feminismo se levantou contra essa construção que não oferecia grandes benefícios a sociedade em termos gerais.

Antes de aprofundarmos as ideias sobre o tema vamos inicialmente reflectir o modelo dos nossos ancestrais. 
O modelo dos nossos ancestrais tinha como fundamentação as seguintes ideias:
1-Dona de casa: o objectivo desse padrão não é ou era inferiorizar a mulher, mas pelo amor
 natural da mãe sempre foi a melhor opção para acompanhar a formação efectiva das crianças. 
2-As responsabilidades domésticas: não percebo isso como justiça mas penso que essa prática já teve o seu espaço, já que aquela sociedade compreendia o género masculino como o mais forte em termos físicos com mais habilidades para trabalhos esforçado, deixando a mulher com as responsabilidades gerais para compensar de alguma forma. 
3-Limitação de algumas actividades: esse é um dos pontos que sempre chocou comigo, a soberania da mulher escolher o que é bom para ela para mim não nunca foi algo que merecesse alguma discussão. Talvez pela fragilidade física imposta as mulheres.
4-A submissão: a rainha das polémicas. Os parâmetros da época deram justificativa a esse comportamento, o modelo desfavorecia a mulher oprimindo as suas liberdades de forma inconsciente. A mulher tinha pouco espaço de manobra a não ser se sujeitar ao marido imperfeito. Não se trata necessariamente de falta de conhecimento mas são realidades que foram ganhando menos utilidade em função da parição das novas condições.
5-A eterna educadora: com todas as críticas que se possa fazer essa sempre foi a melhor responsabilidade da mulher, com isso ela ganhou a eterna admiração e o eterno amor das crianças. Daí as famosas frases, TEM CORAÇÃO DE MÃO.
6-Vitimas de nomes pejorativos: tratamento injusto em que as mulheres foram vítimas ou são vítimas. Um homem com várias parceiras sexuais recebe os nomes mais bonitos que existem, mas uma mulher com a mesma postura carrega o fardo dos títulos mais ridículos.  
7-A menstruação: a mulher foi treinada a ter vergonha da sua menstruação, e é julgada em situações inesperadas.
8-A perfeição imposta as mulheres, não pode ter rugas, gorduras, celulite, irregularidades físicas em termos gerais, ... algo fundamentado na ideia de que toda mulher deve ser perfeita.

AS RAZÕES DA NECESSIDADE DE NOVOS PARÂMETROS 

Apesar deste lado ideal do feminismo, esse movimento é tido por muitos homens como uma ameaça para o modelo de sociedade padronizado. Sem vitimização, todos nós somos vítimas de lavagem cerebral já que crescemos num mundo não acabado mas definido segundo alguns parâmetros pré estabelecidos baseados nas necessidades gerais ou dos mais fortes. Entretanto, justifica-se a dificuldade de mudanças espontâneas diante dos novos paradigmas e o reconhecimento dessa dificuldade pode facilitar os outros a compreenderem a ideia nova.

Os nossos ancestrais fundamentaram as suas bases segundo a realidade vivida comparada com o quadro histórico. Em todas as sociedades chega a uma dada altura em que abraçar as grandezas da lei fundamental da teoria cinética dos gases é inevitável, já que por mais que tenhamos diferenças cedo ou tarde o consenso será a única opção mediana mas o consenso ou inevitabilidade não é eterno, as condições atmosféricas, as bases, o comportamento social, a essência, ... que sustentavam esse modelo alteram e os parâmetros que idealizam às condições são invalidadas pelos novos fenómenos, daí as equações de Van Der Waals são chamadas.

A questão que se impõe hoje não é a frescura feminina, o modernismo, exclusão social, redenção das responsabilidades, dificuldades em encarar géneros, mas tratasse de mudanças de parâmetros que invalidam e tornam ilógico as fundamentações do modelo dos nossos ancestrais, a lógica da nova geração já não é compatível com a lógica dos nossos ancestrais já que houve introdução de novos dados que uma vez deconvoluidos mostram necessidades de novos consensos. Podemos comparar isso a um software, a medida que a tecnologia cresce alguns softwares vão perdendo utilidade dada a dificuldade da leitura dos novos códigos.

O nosso país necessita de facto abraçar as políticas antinatalistas para poder regular várias mazelas sociais como os casos mais frequentes de desnutrição. E aposta na formação qualificada da mulher tem sido uma das principais políticas adotadas nesse sentido. Então, se no passado a formação da mulher era limitada por razões já referenciadas, agora que elas recebem mais formação académica é normal que a forma de pensar mude diante dessa nova realidade.

Independentemente daquilo que possa ser a visão masculina sobre o fenómeno devemos nos preparar para encarar a situação de qualquer forma, pela opressão já não vamos a tempo, o mundo hoje vive uma democracia e a imposição de hábitos, costumes, ideias, pensamentos não são mais instrumentos eficientes. O feminismo está atingindo pontos críticos a medida em que caminha para linhas infinitas sem referencias e com limites infinitos, é altura de seriamente começarmos a debater o que queremos para família humana.

REFLETINDO AS VANTAGENS GERAIS DO MODELO ACTUAL

Sou de opinião que toda prática fundamentada em argumentos sem profundidades merecem ser eliminadas da convivência. A prática ou a tradição deve ter justificativa que combine com os anseios daquela sociedade. A imbecilidade de que o homem pode ter várias parceiras, pode trair, pode ficar embriagado, pode fazer o que quiser não têm nenhuma lógica se não apenas a mediocridade. Não apenas pela mentalidade mas o passado criou condições para dar espaço e essa ousadia, dando liberdade financeira ao homem e colocando a mulher numa condições vulnerável que a colocava como prisioneira do homem. Hoje a mulher ganhou a liberdade financeira e essa condição já deixou de ser obstáculo para elas.

Desconheço o autor deste texto, achei nas redes sociais e penso ser uma boa ilustração do pensamento masculino actual: Um taxista enviou dinheiro para aldeia onde nasceu e por acaso os pais ainda viviam nessa mesma aldeia para que com esse mesmo dinheiro o seu pai deveria encontrar uma mulher para ele, já que na cidade as mulheres eram incompatível as suas práticas habituais. O pai fez as diligências necessárias até conseguir uma boa moça para ser a mulher do seu filho, cumpriu com os deveres junto da família da moça e levou a nora para casa. Na manhã seguinte o sogro decidiu enviar a nora para cidade ao encontro do seu filho, acompanhou a moça até a paragem, a colocou no táxi e entregou o endereço do seu filho na moça. Posta na cidade a moça na intenção de ir a casa do marido subiu em um táxi sem saber que é o táxi do seu marido e pelo caminho o senhor também sem saber que se tratava da esposa que vem da aldeia o senhor  começou a conquistar a moça, a principio ela negava mas depois acabou cedendo, passaram o dia juntos e na noite foram pro um hotel aonde passaram a noite, logo de manhã cada um foi pelo seu próprio caminho, a moça continuou a busca do endereço do marido até que conseguiu localizar a casa, posta no endereço indicado para a sua surpresa o marido é o taxista com quem passou a noite. Segundo os comentários dos seguidores das respectivas páginas assumiam que a moça não presta, não vale nada, o moça deveria imediatamente abandonar a ela, não é mulher para casar ou manter algum compromisso. O triste nessa história toda é que nenhum comentário fez referência a falha do jovem, no entender vicioso deles o jovem não cometeu nenhuma irregularidade.

Vi um vídeo do jovem Vínicio que ficou grudado na sua ex-namorada pedindo perdão, o impressionante não está no acto nobre do arrependimento e o pedido de desculpas público mas nas opiniões dadas a volta do casal. Pessoas usando princípios bíblicos, achando que a menina tinha que perdoar porque o jovem estava passando vergonha num lugar público. Absurdo, o perdão não deve ser dado por ser mulher ou pelo facto do parceiro estar a passar vergonha, deve ser primeiro por respeito a si. Mas nessa sociedade deturpada acham que pedido de desculpa de um homem não suficiente para apagar tudo.

Muitos são casados mas ainda desejam a vida solteira. Segundo o Rodolfo Vanduném os homens que fazem isso, na sua maioria querem uma empregada e segurança que vêm com direito de cama quando precisar. Não é justo e tirar alguém do meio de seus irmãos, pais para torná-la preza das suas necessidades trabalhistas em sua casa é mais sem carácter possível que um homem deve fazer e faze-lo pagar com dores seria o mais sensato. Para mulheres que se dão a isso eu vejo um desvio mental, uma psicose super neurótica cuja a solução devia ser a morte! Uma mulher que casa mas estende-se pela cidade, merece as pedras das ruas de Medina como nos princípio islâmico e indianos.

É preciso perceber que dando a mulher o espaço que merece vai ajudar na construção de uma sociedade melhor se pautarmos pela união de ideias, colaboração, trabalho de equipa, sem complexos.

REFLECTINDO OS RISCOS DO MODELO TENDENCIAL

Afinal além do feminismo existe uma outra vertente conhecida como feminismo radical ou femismo, é uma prática que não difere muito do Machismo (ou seja, o oposto do machismo). É uma ideologia de superioridade da mulher sobre o homem. O femismo, assim como o machismo, prega a construção de uma sociedade hierarquizada a partir do género sexual; baseada em um regime matriarcal.

OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE UMA HORA DESSAS TODOS NÓS ACABAREMOS CEGOS E SEM DENTES (MAHATMA GANDHI).


Apesar de haver distinção entre o feminismo e o femismo, hoje vai sendo cada vez mais difícil separar as duas coisas, é tipo aquela história do islamismo pacífico e radical, sabemos que existe a diferença mas as vezes nos sentimos em cima do muro.

Eu sinceramente esperava algo diferente do movimento em termos de respostas daquilo que elas sempre consideraram negatividade. Esperava desse movimento propostas equilibradas e que pudessem substituir o modelo imposto pelos homens como estilo mais pacífico e moderado. Mas infelizmente a tendência vai entrando cada vez mais em zonas críticas. As atitudes promovidas pelo feminismo radical reúnem um grande teor de rebeldia, vingança, intolerância, imposição, tirando na convivência a ideia de partilha, consenso, diálogo, regras, ... a prova disso é que a tendência hoje é promover a vida solteira. Existe uma tendência delas tentarem ocupar o lugar do opressor. Defendo isso não pelo simples factor de perceber dentro do feminismo incentivo à rebeldia, a rejeição a maternidade, a exposição de prazer que desafiam a lógica da nossa existência actual mas também por dificultarem a visibilidade do caminho que estamos adotando.

Qual é a verdadeira intenção dessa tendência? Promover orgias? Promover a libertinagem? Promover as drogas como símbolo de poder? Promover o caos social? Promover o aborto? Promover o homossexualismo? Combater a religião? Combater as crenças individuais? Promover a intolerância? Incentivar a exposição de prazeres sem analisar as regras colectivas?

E existe algo triste das tendências radicais perseguirem as mulheres que não concordam com os seus ideais, acham que ninguém pode ser feliz fora daquilo que elas definiram como padrão. Isso é contraditório, porque a vossa luta é liberdade, nesse contexto, seriam exemplos de não opressão. Ainda existem mulheres que desejam flores, que preferem que o marido ou parceiro abra porta para elas, que o marido as carregue, que sejam encantadas nos lugares públicos, que sejam elogiadas, que sejam tratadas com carinho e de forma privilegiada. Se você já não sente prazer com isso que é normal, está no seu direito mas pelo menos precisa respeitar aquela que gosta desde que não venha também te obrigar a gostar. Independentemente das implicâncias segundo o seu ponto de vista, é difícil mas é preciso entender que ela é feliz como dona de casa, você lhe tirando dessa condição poderia estar a tirar a essência da vida dela.

Contudo, o debate na nossa sociedade deve ser conduzido com responsabilidade já que os problemas de interpretação são frequentes. Mas é preciso que possamos admitir que o fim máximo de todos os modelos é a felicidade e há muita gente feliz nesse modelo, na qual existem muitos homens honestos, sinceros que sabem tratar as suas parceiras como merecem e com tempo vamos perceber que que problema nunca esteve na existência ou não do feminismo mas na educação dos homens, na Rússia não há movimentos feministas mas os jovens russos respeitam as suas parceiras, pelo menos uma boa parte. E a mulher em termos específicos nesse processo todo tem ou teve as suas vaidades e destaques, não é verdade que viviam na sombra dos homens.

É preciso compreender que as sociedades sempre resistem as mudanças que tendem a revolucionar comportamentos gerais, na verdade todos nós temos um lado conservador, temos coisas que gostaríamos de manter como estão independentemente da sua lógica. Na minha visão que pode até ser muito pacífica para mudanças do dessa dimensão seria mais inteligente aprofundar o debate público usando a inteligência, argumentação, reflectir os altos e baixos, perceber os modelos de implementação dessa realidade sem causar fragmentações em grande escala. Se de facto o consenso for a necessidade de mudar de comportamento que se implemente nas escolas novos modelos e métodos de ensino que possa facilitar a implementação desse novo sistema sem que haja choque entre as sociedades adultas. A Suécia é um país que por uma necessidade social decidiu implementar cadeiras de culinária, limpeza doméstica onde os alunos em geral são incentivados a trabalhar no geral sem ter que esperar da mãe ou da irmã, isso fará com que os meninos cresçam com essa nova noção e eles não terão saudades do modelo dos seus pais. 

Para finalizar vos deixo com essa reflexão retirado do livro INTELIGÊNCIA EMOCIONAL do Daniel Goleman - ph.D. As primeiras leis e proclamações sobre ética — o Código de Hamurabi, os Dez Mandamentos dos Hebreus, os Éditos do Imperador Ashoka — podem ser interpretadas como tentativas de conter, subjugar e domesticar as emoções. Como Freud observou em O Mal-estar na Civilização, o aparelho social tem tentado impor normas para conter o excesso emocional que emerge, como ondas, de dentro de cada um de nós. Apesar dessas pressões sociais, as paixões muitas vezes solapam a razão. Essa faceta da natureza humana tem origem na arquitetura básica do nosso cérebro. Em termos do plano biológico dos circuitos neurais básicos da emoção, aqueles com os quais nascemos são os que melhor funcionaram para as últimas 50 mil gerações humanas, mas não para as últimas 500 — e, certamente, não para as últimas cinco. As lentas e cautelosas forças da evolução que moldaram nossas emoções têm cumprido sua tarefa ao longo de 1 milhão de anos. Os últimos 10 mil anos — apesar de terem assistido ao rápido surgimento da civilização humana e à explosão demográfica de 5 milhões para 5 bilhões de habitantes sobre a Terra — quase nada imprimiram de novo em nossos gabaritos biológicos para a vida emocional.” (Daniel Goleman em inteligência emocional).

“Para o melhor ou o pior, a forma como avaliamos situações complicadas com que nos deparamos e nossas respostas a elas são moldadas não apenas por nossos julgamentos racionais ou nossa história pessoal, mas também por nosso passado ancestral. Esse legado nos predispõe a provocar tragédias, de que é triste exemplo o lamentável fato ocorrido na família Crabtree. Em suma, com muita freqüência enfrentamos dilemas pós-modernos com um repertório talhado para as urgências do Pleistoceno. Esse paradoxo é o cerne de meu tema.


QUESTÕES DAS FALÁCIAS DE MASCULINIDADE TÓXICA


  • Mulher deve se sentir bem consigo mesma e não se preparar ou se depilar para agradar homem (questão não prossegue porque a exigência é recíproca).
  • O vestir não deve ser convite para estúpro (certo mas isso não torna a discussão da vestimenta da mulher uma questão intocável).
  • Desconstruir os termos machistas, quais termos? Qual é o referencial? Há mulher que gosta de dizer meu homem, meu macho, meu rei, meu King, meu protetor, meu rainho, ....
  • A ideia de físico não importar, prossegue em geral?
  • A ideia de justificar todos os problemas sociais com as estruturas não é um caminho fácil demais de encarar a humanidade com seres complexos?
  • O homem é o vilão da história? Joana Dark que conseguiu vitória na frança e foi morta logo, mas isso é uma excessão da Joana Dark, são questões de géneros que provocaram essa actuação, quais são as evidências? 
  • Se a luta é cada um ser o que quiser, por que tanto incómodo em aceitar a submissão das mulheres cristãs?



Zongo Armando em, O FEMINISMO QUE ME SEDUZ.
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