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DISCURSO DE OUTORGA 2016 - FACULDADE DE CIÊNCIAS


Magnífico vice-reitor da Universidade Agostinho Neto
Excelentíssimas Sras Decanas da Faculdade de Ciências
Queridos colegas
Estimados familiares
Ilustres convidados
Sras e Srs

Antes de mais, quero agradecer a vossa presença nesta cerimónia.Cerimónia esta que retrata a solene ocasião, de encerramento de uma importante etapa da nossa formação académica, de júbilo e de sensação do dever cumprido. De forma unânime faço da minha voz, a voz de cada um dos meus colegas.

Ora, há muito que se diz que as palavras são aradas pelo tempo e simplesmente são esquecidas, mas o escrito permanece. Então, hoje, é o dia em que Angola terá o registo real de que nós somos mais um resultado da grande habilidade que está faculdade tem de formar quadros.
A partir dos recursos académicos absorvidos durante os cinco anos nesta universidade, nós materializamos as palavras de Lavoisier, quando diz que em qualquer sistema, nunca se cria nem se elimina matéria, apenas transforma-se de uma forma a outra. Ao entrarmos na tão sonhada Faculdade de Ciências da universidade Agostinho Neto, nós não passávamos de simples estudantes com grandes ilusões de perder noites e tempo, em festas e em coisas irrelevantes, mas a primeira transformação foi a conversão deste tempo no tempo de dedicação e empenho à nossa formação. As noites de sono trocadas pelas noites de estudo, renúncias à convivência com familiares e amigos. Tudo isso fez parte do processo de transformação a que fomos submetidos. É necessário algum sacrifício na vida que funcione similarmente à diferença de potencial, polarizando algumas diferenciabilidades, integrando deste modo alguma maturidade, criatividade e conhecimento que com certeza poderá servir como uma alavanca para este país que tanto precisa.

Muitos dos convidados aqui presentes eram testemunhas das nossas dificuldades, em particular os nossos pais. Contudo, deram-nos conforto com suas palavras encorajadoras, as vezes abraço que envolveu amor. Isso, de facto serviu como um vector, dando sentido a nossa formação e encurtando essa longa jornada académica.

No final estamos sendo consagrados Licenciados. Estamos felizes por isso, e faremos de tudo para  que através de nós o bom nome da universidade permaneça imaculado e que as nossas obras dêem orgulho aos nossos professores. Esse diploma parece o fim da luta, mas talvez seja apenas o fim do exagerado consumo das bolachas com gasosas, dos constantes bombó com jinguba, “magoga” com “bebe me deixa”, alimentos que sem menosprezar nos mantiveram vivos e firmes nessa caminhada de cinco anos, acho que todos se lembram disso.

Este diploma é o resultado estratégico da preparação que tivemos para enfrentar as dificuldades das nossas vidas e do país de modo a superá-los. Então, meus amigos, meus companheiros, fomos atingidos pelas radiações gamma do Dr. Van Coung, libertadas pelas ígneas do Dr. Jânio, que desenvolviam-se em cadeias que nem as reacções da Dra. Joana, oscilamos no campo magnético do Dr. Vinogradov, que nos envolveu na rede Geodésica do Eng. Alves, sem esquecer as embriologias da Dra Filomena e mesmo com os sucessivos excessos da Dra Natividade, batemos todos os limites até as da Dra Ta, usando algorítmos ensinados pelo Dr. Padoca. Mas a recepção desse diploma não significa o fim, mas o início da verdadeira luta para o nosso engrandecimento e engrandecimento do país.

Hoje assistimos,uma desvalorização dos graus académicos. Acriatividade intelectual e a meritocracia não são promovidas no nosso sistema de ensino, sendo necessário desatar estas amarras para que se possa maximizar o potencial de cada estudante. A inovação na estrutura curricular dos cursos da F.C. da Universidade Agostinho Neto, para que se centre efectivamente o ensino no estudante e possibilite o desenvolvimento de novas competências dos estudantes. De igual modo desenvolver planos de actividades de trabalhos individuais  e colectivos, que promovam a iniciativa e uma atitude empreendedora, que excite a criatividade, a curiosidade e o espirito inovador, formando deste modo cientistas, para que na veia de professor formem novos cientistas. Pois, estes são caminhos para a aquisição de diplomados com mais competências e com mais conhecimento. Para isso precisamos de condições adquadas: professores capacitados e acessíveis, laboratórios, de preferência bem equipados e ricas bibliotécas.

Prezados licenciados, precisamos diversificar a nossa formação curricular. Numa altura em que a massificação da licenciatura atinge o auge, será nas pequenas coisas que se fará a diferença. Somos frutos da Faculdade de Ciências da U.A.N e devemos à instituição uma procura incessante pelo aperfeiçoamento. Nós podemos resolver nossos problemas sem necessitar que outros venham resolvê-los.

Licenciatura não se esgota no estudo. Ser licenciado é mais, é fazer,é acrescentar e é criar. É ser cidadão mas é também não ser só cidadão.

E devemos todos ter em mente o princípio de Sócrates: Só sei que nada sei, pois, a humildade constrói os degraus do topo da intelectualidade.

A faculdade de Ciências precisa estar mais presente na sociedade e mais actuante, capaz de solucionar os problemas do quotidiano e criar condições para que seja reconhecida internacionalmente.

Precisamos transformar a U.A.N em one.


Muito obrigado.

Zongo Armando
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A CRÍTICA COMO PRINCÍPIO DO SABER CONSISTENTE

Image result for A CRÍTICA COMO PRINCÍPIO DO SABER CONSISTENTEO termo "crítica" deriva do termo grego kritike, significando "a arte de discernir", ou seja, o fato de discernir o valor das pessoas ou das coisas. Análise sistemática das condições e consequências de um conceito; significa a teoria, a disciplina ou uma aproximação e uma tentativa de compreender os limites e a validade de um conceito (www.dicionarioinformal.com.br/critica). 

O cérebro é uma área crítica do ser humano. Mas, suas crenças, valores e estado físico ou psíquico não deixam de fazer parte do próprio ser humano.

A dúvida é o princípio da sabedoria na filosofia (Aristóteles).

A crítica é o princípio da sabedoria na psicologia. Diariamente precisamos do choque psicológico no silêncio de nossa mente, criticando, analisando, ponderando, aferindo, impugnando, todos os estímulos sociais e psíquicos que nos controlam. É quase impossível sobreviver saudavelmente nessa sociedade agitada e consumista sem desenvolver o estômago psíquico saturado de enzimas da arte da dúvida e da crítica. Duvidar e criticar são ferramentas fundamentais para sermos actores ou actrizes principais do teatro psíquico. Sem arte da dúvida, como questionaremos nosso roteiro, nosso estilo de vida, nossas ideias tolas? Sem a arte da crítica, como confrontaremos a ditadura do pensamento acelerado? Como gerenciaremos nossa agressividade e necessidade neurótica de poder? (A. Cury).

A crítica não deve ser vista como princípio deturpador das normas, achar que tudo deve ser criticado de forma descabida por mera necessidade de usufruir desse direito encontrado até nas escrituras bíblicas a partir do livre arbítrio, onde em algumas passagens faz referência de que o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal (Hebreus 5:14). O incentivo à crítica corresponde a hermenêutica da dignificação e valoração da psique e as suas componentes, tornar cada vez mais potente o córtex cerebral para atingir a sua máxima ou pleno funcionamento excitando as janelas mais complexas para que no final tenhamos na janela de saída uma informação deconvoluida com poucas múltiplas e sem interferências, que culminará com um juízo de valor sem remorsos e culpabilidade. 

A tendência de robotizar as pessoas, padronizar os pensamentos, lavar o cérebro para tornar ela inválida dentro dos ilimites de integração que é uma tendência que mostra o equívoco e esvaziamento dos componentes mais sólidos do cérebro humano. Não existe movimento ou repouso absoluto, os corpos são submetidos a diversidades das instabilidades das placas e o movimento não uniforme do universo. 

A consciência deve ser ilibada de qualquer marionetisse. Eu sempre assumi que na verdade o mundo que existe hoje é fruto de vários experimentos que o homem foi aplicando ao longo dos anos ou séculos, entretanto, nenhuma consciência hoje em dia teria a ousadia de dizer que não foi vítima de ideias adotadas mesmo não tendo noção consciente dos vários porquês por detrás disso. Mas isso não nos dá o direito de impor as nossas ideias. É preciso incentivar o pensamento de Étienne de La Boétie ao dizer sejam resolutos em não servir, ou seja, não deve haver a servidão voluntária, tudo deve ser analisado nos solos mais complexos da nossa consciência e aceitação deste facto deve ser vontade dessa análise profunda que a sua consciência faz. 

Aquele que não aprendeu a desenvolver uma crítica não consegue inovar, transformar, ser altruísta, revolucionista, reinventar-se, pelo contrário, aprende a se acomodar, a se conformar e vive psicoadaptado. Existe na sociedade uma tendência de contra ataques, a crítica é respondida com crítica, zombaria é respondida com zombaria, não há espaço de reflexão, diálogo, porque foi montado no nosso inconsciente dados errados de que quem nos critica é nosso inimigo. É uma forte divulgação da ideia de presença do esvaziamento da reflexão do problema e render-se na busca de solução está cada vez mais evidente. 

As coisas andam atabalhoadas e não existem inocentes nem culpados, mas é preciso avançar e passar esse discurso, o que se pretende é a contribuição individual ou institucional em função das responsabilidades de cada um. A falha de um não deve ser razão ou justificativa sine qua non de condicionalismo do outro. Para todos os problemas que afectam a sociedade tem na sua origem o desfazer de alguns sectores ou indivíduos e é preciso a honestidade e humanidade suficiente para encarar esses problemas com uma certa franqueza.



Zongo Armando em, A CRÍTICA COMO PRINCÍPIO DO SABER CONSISTENTE.

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