Em termos ideais o Feminismo é um movimento político, filosófico e social que
defende a igualdade
de direitos entre mulheres e homens. O feminismo em termos de origem não é um movimento
de sexista, ou seja, que defende a figura feminino sobre o masculino, mas sim
uma luta pela igualdade entre ambos os géneros (www.significados.com.br/feminismo).
A ideia da hierarquia de géneros não tem fundamentos genéticos, na verdade é
uma exclusividade, fruto de uma construção social pautada em séculos de regimes
patriarcais. Com toda razão que o feminismo se levantou contra essa
construção que não oferecia grandes benefícios a sociedade em termos gerais.
Antes de aprofundarmos as ideias sobre o tema vamos inicialmente reflectir o modelo dos nossos ancestrais. O modelo dos nossos ancestrais tinha como fundamentação as seguintes ideias:
1-Dona de casa: o objectivo desse padrão não é ou era
inferiorizar a mulher, mas pelo amor
natural da mãe sempre foi a melhor opção para
acompanhar a formação efectiva das crianças.
2-As responsabilidades domésticas: não percebo isso como
justiça mas penso que essa prática já teve o seu espaço, já que aquela
sociedade compreendia o género masculino como o mais forte em termos físicos
com mais habilidades para trabalhos esforçado, deixando a mulher com as
responsabilidades gerais para compensar de alguma forma.
3-Limitação de algumas actividades: esse é um dos pontos
que sempre chocou comigo, a soberania da mulher escolher o que é bom para ela
para mim não nunca foi algo que merecesse alguma discussão. Talvez pela
fragilidade física imposta as mulheres.
4-A submissão: a rainha das polémicas. Os parâmetros da
época deram justificativa a esse comportamento, o modelo desfavorecia a mulher
oprimindo as suas liberdades de forma inconsciente. A mulher tinha pouco espaço
de manobra a não ser se sujeitar ao marido imperfeito. Não se trata
necessariamente de falta de conhecimento mas são realidades que foram ganhando
menos utilidade em função da parição das novas condições.
5-A eterna educadora: com todas as críticas que se possa
fazer essa sempre foi a melhor responsabilidade da mulher, com isso ela ganhou
a eterna admiração e o eterno amor das crianças. Daí as famosas frases, TEM
CORAÇÃO DE MÃO.
6-Vitimas de nomes pejorativos: tratamento injusto em que
as mulheres foram vítimas ou são vítimas. Um homem com várias parceiras sexuais
recebe os nomes mais bonitos que existem, mas uma mulher com a mesma postura
carrega o fardo dos títulos mais ridículos.
7-A menstruação: a mulher foi treinada a ter vergonha da
sua menstruação, e é julgada em situações inesperadas.
8-A perfeição imposta as mulheres, não pode ter rugas,
gorduras, celulite, irregularidades físicas em termos gerais, ... algo
fundamentado na ideia de que toda mulher deve ser perfeita.
AS RAZÕES DA NECESSIDADE DE NOVOS PARÂMETROS
Apesar deste lado ideal do feminismo, esse movimento é tido
por muitos homens como uma ameaça para o modelo de sociedade padronizado. Sem
vitimização, todos nós somos vítimas de lavagem cerebral já que crescemos num
mundo não acabado mas definido segundo alguns parâmetros pré estabelecidos
baseados nas necessidades gerais ou dos mais fortes. Entretanto, justifica-se a
dificuldade de mudanças espontâneas diante dos novos paradigmas e o
reconhecimento dessa dificuldade pode facilitar os outros a compreenderem a
ideia nova.
Os
nossos ancestrais fundamentaram as suas bases segundo a realidade vivida
comparada com o quadro histórico. Em todas as sociedades chega a uma dada
altura em que abraçar as grandezas da lei fundamental da teoria cinética dos
gases é inevitável, já que por mais que tenhamos diferenças cedo ou tarde o
consenso será a única opção mediana mas o consenso ou inevitabilidade não é
eterno, as condições atmosféricas, as bases, o comportamento social, a essência,
... que sustentavam esse modelo alteram e os parâmetros que idealizam às
condições são invalidadas pelos novos fenómenos, daí as equações de Van Der
Waals são chamadas.
A questão que se impõe hoje não é a frescura feminina, o modernismo, exclusão social, redenção das responsabilidades, dificuldades em encarar géneros, mas tratasse de mudanças de parâmetros que invalidam e tornam ilógico as fundamentações do modelo dos nossos ancestrais, a lógica da nova geração já não é compatível com a lógica dos nossos ancestrais já que houve introdução de novos dados que uma vez deconvoluidos mostram necessidades de novos consensos. Podemos comparar isso a um software, a medida que a tecnologia cresce alguns softwares vão perdendo utilidade dada a dificuldade da leitura dos novos códigos.
O nosso país necessita de facto abraçar as políticas
antinatalistas para poder regular várias mazelas sociais como os casos mais
frequentes de desnutrição. E aposta na formação qualificada da mulher tem sido
uma das principais políticas adotadas nesse sentido. Então, se no passado a
formação da mulher era limitada por razões já referenciadas, agora que elas
recebem mais formação académica é normal que a forma de pensar mude diante
dessa nova realidade.
Independentemente daquilo que possa ser a visão masculina
sobre o fenómeno devemos nos preparar para encarar a situação de qualquer
forma, pela opressão já não vamos a tempo, o mundo hoje vive uma democracia e a
imposição de hábitos, costumes, ideias, pensamentos não são mais instrumentos
eficientes. O feminismo está atingindo pontos críticos a medida em que caminha
para linhas infinitas sem referencias e com limites infinitos, é altura de
seriamente começarmos a debater o que queremos para família humana.
REFLETINDO AS VANTAGENS GERAIS DO MODELO ACTUAL
Sou de opinião que toda prática fundamentada em argumentos
sem profundidades merecem ser eliminadas da convivência. A prática ou a tradição
deve ter justificativa que combine com os anseios daquela sociedade. A
imbecilidade de que o homem pode ter várias parceiras, pode trair, pode ficar
embriagado, pode fazer o que quiser não têm nenhuma lógica se não apenas a
mediocridade. Não apenas pela mentalidade mas o passado criou condições para
dar espaço e essa ousadia, dando liberdade financeira ao homem e colocando a
mulher numa condições vulnerável que a colocava como prisioneira do homem. Hoje
a mulher ganhou a liberdade financeira e essa condição já deixou de ser
obstáculo para elas.
Desconheço o autor deste texto, achei nas redes sociais e
penso ser uma boa ilustração do pensamento masculino actual: Um taxista enviou
dinheiro para aldeia onde nasceu e por acaso os pais ainda viviam nessa mesma
aldeia para que com esse mesmo dinheiro o seu pai deveria encontrar uma mulher
para ele, já que na cidade as mulheres eram incompatível as suas práticas
habituais. O pai fez as diligências necessárias até conseguir uma boa moça para
ser a mulher do seu filho, cumpriu com os deveres junto da família da moça e
levou a nora para casa. Na manhã seguinte o sogro decidiu enviar a nora para
cidade ao encontro do seu filho, acompanhou a moça até a paragem, a colocou no
táxi e entregou o endereço do seu filho na moça.
Posta na cidade a moça na intenção de ir a casa do marido subiu em um táxi sem
saber que é o táxi do seu marido e pelo caminho o senhor também sem saber que
se tratava da esposa que vem da aldeia o senhor começou a conquistar a moça,
a principio ela negava mas depois acabou cedendo, passaram o dia juntos e na
noite foram pro um hotel aonde passaram a noite, logo de manhã cada um foi pelo
seu próprio caminho, a moça continuou a busca do endereço do marido até que
conseguiu localizar a casa, posta no endereço indicado para a sua surpresa o
marido é o taxista com quem passou a noite .
Segundo os comentários dos seguidores das respectivas páginas assumiam que a
moça não presta, não vale nada, o moça deveria imediatamente abandonar a ela,
não é mulher para casar ou manter algum compromisso. O triste nessa história
toda é que nenhum comentário fez referência a falha do jovem, no entender
vicioso deles o jovem não cometeu nenhuma irregularidade.
Vi um vídeo do jovem Vínicio que ficou grudado na sua ex-namorada
pedindo perdão, o impressionante não está no acto nobre do arrependimento e o
pedido de desculpas público mas nas opiniões dadas a volta do casal. Pessoas
usando princípios bíblicos, achando que a menina tinha que perdoar porque o
jovem estava passando vergonha num lugar público .
Absurdo, o perdão não deve ser dado por ser mulher ou pelo facto do parceiro
estar a passar vergonha, deve ser primeiro por respeito a si. Mas nessa
sociedade deturpada acham que pedido de desculpa de um homem não suficiente para
apagar tudo.
É preciso perceber que dando a mulher o espaço que merece vai ajudar na construção de uma sociedade melhor se pautarmos pela união de ideias, colaboração, trabalho de equipa, sem complexos.
Muitos são casados mas ainda desejam
a vida solteira. Segundo o Rodolfo
Vanduném os homens que fazem isso, na sua maioria querem uma empregada e
segurança que vêm com direito de cama quando precisar. Não é justo e tirar
alguém do meio de seus irmãos, pais para torná-la preza das suas necessidades
trabalhistas em sua casa é mais sem carácter possível que um homem deve fazer e
faze-lo pagar com dores seria o mais sensato. Para mulheres que se dão a isso
eu vejo um desvio mental, uma psicose super neurótica cuja a solução devia ser
a morte! Uma mulher que casa mas estende-se pela cidade, merece as pedras das
ruas de Medina como nos princípio islâmico e indianos.
É preciso perceber que dando a mulher o espaço que merece vai ajudar na construção de uma sociedade melhor se pautarmos pela união de ideias, colaboração, trabalho de equipa, sem complexos.
REFLECTINDO OS RISCOS DO MODELO TENDENCIAL
Afinal além do feminismo existe uma outra vertente
conhecida como feminismo radical ou femismo, é uma prática que não difere muito do Machismo (ou seja, o
oposto do machismo). É uma ideologia de superioridade da mulher sobre o homem.
O femismo, assim como o machismo, prega a construção de uma sociedade
hierarquizada a partir do género sexual; baseada em um regime matriarcal.
OLHO POR OLHO E DENTE POR DENTE UMA HORA DESSAS TODOS NÓS ACABAREMOS CEGOS E SEM DENTES (MAHATMA GANDHI).
Apesar de haver distinção entre o feminismo e o femismo,
hoje vai sendo cada vez mais difícil separar as duas coisas, é tipo aquela
história do islamismo pacífico e radical, sabemos que existe a diferença mas as
vezes nos sentimos em cima do muro.
Eu sinceramente esperava algo diferente do movimento em termos de respostas daquilo que elas sempre consideraram negatividade. Esperava desse movimento propostas equilibradas e que pudessem substituir o modelo imposto pelos homens como estilo mais pacífico e moderado. Mas infelizmente a tendência vai entrando cada vez mais em zonas críticas. As atitudes promovidas pelo feminismo radical reúnem um grande teor de rebeldia, vingança, intolerância, imposição, tirando na convivência a ideia de partilha, consenso, diálogo, regras, ... a prova disso é que a tendência hoje é promover a vida solteira. Existe uma tendência delas tentarem ocupar o lugar do opressor. Defendo isso não pelo simples factor de perceber dentro do feminismo incentivo à rebeldia, a rejeição a maternidade, a exposição de prazer que desafiam a lógica da nossa existência actual mas também por dificultarem a visibilidade do caminho que estamos adotando.
Qual é a verdadeira intenção dessa tendência? Promover
orgias? Promover a libertinagem? Promover as drogas como símbolo de poder?
Promover o caos social? Promover o aborto? Promover o homossexualismo? Combater
a religião? Combater as crenças individuais? Promover a intolerância?
Incentivar a exposição de prazeres sem analisar as regras colectivas?
E existe algo triste das tendências radicais perseguirem as
mulheres que não concordam com os seus ideais, acham que ninguém pode ser
feliz fora daquilo que elas definiram como padrão. Isso é contraditório, porque
a vossa luta é liberdade, nesse contexto, seriam exemplos de não opressão. Ainda
existem mulheres que desejam flores, que preferem que o marido ou parceiro abra
porta para elas, que o marido as carregue, que sejam encantadas nos lugares
públicos, que sejam elogiadas, que sejam tratadas com carinho e de forma
privilegiada. Se você já não sente prazer com isso que é normal, está no seu
direito mas pelo menos precisa respeitar aquela que gosta desde que não venha
também te obrigar a gostar. Independentemente das implicâncias segundo o seu ponto
de vista, é difícil mas é preciso entender que ela é feliz como dona de casa,
você lhe tirando dessa condição poderia estar a tirar a essência da vida dela.
Contudo,
o debate na nossa sociedade deve ser conduzido com responsabilidade já que os
problemas de interpretação são frequentes. Mas é preciso que possamos admitir
que o fim máximo de todos os modelos é a felicidade e há muita gente feliz
nesse modelo, na qual existem muitos homens honestos, sinceros que sabem tratar
as suas parceiras como merecem e com tempo vamos perceber que que problema
nunca esteve na existência ou não do feminismo mas na educação dos homens, na
Rússia não há movimentos feministas mas os jovens russos respeitam as suas
parceiras, pelo menos uma boa parte. E a mulher em termos específicos nesse
processo todo tem ou teve as suas vaidades e destaques, não é verdade que
viviam na sombra dos homens.
É preciso compreender que as sociedades sempre resistem as mudanças que tendem a revolucionar comportamentos gerais, na verdade todos nós temos um lado conservador, temos coisas que gostaríamos de manter como estão independentemente da sua lógica. Na minha visão que pode até ser muito pacífica para mudanças do dessa dimensão seria mais inteligente aprofundar o debate público usando a inteligência, argumentação, reflectir os altos e baixos, perceber os modelos de implementação dessa realidade sem causar fragmentações em grande escala. Se de facto o consenso for a necessidade de mudar de comportamento que se implemente nas escolas novos modelos e métodos de ensino que possa facilitar a implementação desse novo sistema sem que haja choque entre as sociedades adultas. A Suécia é um país que por uma necessidade social decidiu implementar cadeiras de culinária, limpeza doméstica onde os alunos em geral são incentivados a trabalhar no geral sem ter que esperar da mãe ou da irmã, isso fará com que os meninos cresçam com essa nova noção e eles não terão saudades do modelo dos seus pais.
É preciso compreender que as sociedades sempre resistem as mudanças que tendem a revolucionar comportamentos gerais, na verdade todos nós temos um lado conservador, temos coisas que gostaríamos de manter como estão independentemente da sua lógica. Na minha visão que pode até ser muito pacífica para mudanças do dessa dimensão seria mais inteligente aprofundar o debate público usando a inteligência, argumentação, reflectir os altos e baixos, perceber os modelos de implementação dessa realidade sem causar fragmentações em grande escala. Se de facto o consenso for a necessidade de mudar de comportamento que se implemente nas escolas novos modelos e métodos de ensino que possa facilitar a implementação desse novo sistema sem que haja choque entre as sociedades adultas. A Suécia é um país que por uma necessidade social decidiu implementar cadeiras de culinária, limpeza doméstica onde os alunos em geral são incentivados a trabalhar no geral sem ter que esperar da mãe ou da irmã, isso fará com que os meninos cresçam com essa nova noção e eles não terão saudades do modelo dos seus pais.
Para finalizar vos deixo com essa reflexão retirado do livro INTELIGÊNCIA EMOCIONAL do Daniel Goleman - ph.D. As primeiras leis e proclamações sobre ética — o Código de Hamurabi, os Dez Mandamentos dos Hebreus, os Éditos do Imperador Ashoka — podem ser interpretadas como tentativas de conter, subjugar e domesticar as emoções. Como Freud observou em O Mal-estar na Civilização, o aparelho social tem tentado impor normas para conter o excesso emocional que emerge, como ondas, de dentro de cada um de nós. Apesar dessas pressões sociais, as paixões muitas vezes solapam a razão. Essa faceta da natureza humana tem origem na arquitetura básica do nosso cérebro. Em termos do plano biológico dos circuitos neurais básicos da emoção, aqueles com os quais nascemos são os que melhor funcionaram para as últimas 50 mil gerações humanas, mas não para as últimas 500 — e, certamente, não para as últimas cinco. As lentas e cautelosas forças da evolução que moldaram nossas emoções têm cumprido sua tarefa ao longo de 1 milhão de anos. Os últimos 10 mil anos — apesar de terem assistido ao rápido surgimento da civilização humana e à explosão demográfica de 5 milhões para 5 bilhões de habitantes sobre a Terra — quase nada imprimiram de novo em nossos gabaritos biológicos para a vida emocional.” (Daniel Goleman em inteligência emocional).
“Para o melhor ou o pior, a forma como avaliamos situações
complicadas com que nos deparamos e nossas respostas a elas são moldadas não
apenas por nossos julgamentos racionais ou nossa história pessoal, mas também
por nosso passado ancestral. Esse legado nos predispõe a provocar tragédias, de
que é triste exemplo o lamentável fato ocorrido na família Crabtree. Em suma,
com muita freqüência enfrentamos dilemas pós-modernos com um repertório talhado
para as urgências do Pleistoceno. Esse paradoxo é o cerne de meu tema.
QUESTÕES DAS FALÁCIAS DE MASCULINIDADE TÓXICA
- Mulher deve se sentir bem consigo mesma e não se preparar ou se depilar para agradar homem (questão não prossegue porque a exigência é recíproca).
- O vestir não deve ser convite para estúpro (certo mas isso não torna a discussão da vestimenta da mulher uma questão intocável).
- Desconstruir os termos machistas, quais termos? Qual é o referencial? Há mulher que gosta de dizer meu homem, meu macho, meu rei, meu King, meu protetor, meu rainho, ....
- A ideia de físico não importar, prossegue em geral?
- A ideia de justificar todos os problemas sociais com as estruturas não é um caminho fácil demais de encarar a humanidade com seres complexos?
- O homem é o vilão da história? Joana Dark que conseguiu vitória na frança e foi morta logo, mas isso é uma excessão da Joana Dark, são questões de géneros que provocaram essa actuação, quais são as evidências?
- Se a luta é cada um ser o que quiser, por que tanto incómodo em aceitar a submissão das mulheres cristãs?
Zongo Armando em, O FEMINISMO QUE ME SEDUZ.
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