Caso Genilma
Eu nem quis escrever sobre isso, porque em parte os likes, as partilhas e os comentários são os fomentadores desses comportamentos, mas o que me preocupa e que me chama atenção não é o comportamento da protagonista da publicação mas sim os meandros deturpados na maneira como se faz a opinião pública, que se fundamenta no produto e não no produtor.
Existem várias situações que promovem essas atitudes em grande escala que a sociedade recebe sem preconceitos.
Ouvimos e dançamos músicas como NDOKI DO FILHO DO ZUA, que expande uma mensagem péssima sobre a mulher mas num discurso endeusado fazendo parecer que levar marido das outras constitui vaidade ou virtude, e nós na mania doentia de achar que isso não tem nenhum impacto por ser apenas música, vitimizando milhares de jovens, adolescentes e crianças que já são vítimas de uma educação deficiente. Infelizmente a Genilma não escapa.
Ouvimos BOMBA DO MATIAS DAMÁSIO, uma música com melodia suave mas que espelha uma mensagem triste colocando a mulher na condição de um objecto, algo meramente superficial, SE ESTUDOU OU NÃO ELE SABE QUE ela É BOMBA. Esvazia as outras qualidades sine qua non tornando claro que parece para muitos angolanos o que importa é a superficialidade da mulher, ou seja, objecto.
Esquecemos da parte mais importante que as mulheres inteligentes significam relações saudáveis, é preciso transmitir mensagem altruísta, que torna a mulher madura em termos psíquicos, trabalhar perdas e frustrações, ser tolerante e resiliente.
É preciso apostar num consumo qualificado em todos os aspectos.
Zongo Armando
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