Não existe movimento nem repouso, porque nada é absoluto. Tudo pode estar em movimento ou em repouso em relação a um dado corpo convencionado como material. Então, não é o dinheiro que representa a semente do incómodo mas a forma de produção. Entrar na máquina do tempo para desfazer a encruzilhada exige a compreensão desta equação pertecente a conjunto dos números imaginários.
Competir significa submeter a sua excelência a prova. O nosso campo de actuação representa a difusão de forças não conservativas, a energia que se tem no ponto A não é a mesma que terá no Ponto B. Mecanicamente a velocidade sofrerá influências positivas ou negativas, refletindo assim no seu cinetismo. Potencialmente, a energia acumulada vai sendo efectada pelas irregularidades da superfície, já que o nível médio das águas do mar é constante. A indução de certas forças para atenuar este desgaste acaba sendo relevante, daí é a que a competição ganha espaço.
O exercício que estou tentando fazer aqui não se trata de negativismo sobre o ponto em análise, são observações e convivências. A competição tem um lado doentil que derruba a possibilidade de observar as micro conquistas, porque o ganho não está no destino se não na trajectória. Não tenciono propor nada que tenha como vector derrubar a competição como modelo de partilha mas a necessidade de compreender a sua dimensão. Talvez existam níveis que não interessam este texto, contudo, há escalas em que a competição é desnecessária.
Não se pode perseguir a excelência sob o risco de derrubar as habilidades humanas, é preciso elogiar e atribuir mérito a quem se esforça para tal. Mas será que o elogio e o mérito não bastam para ter o orgulho das suas conquistas? É preciso que os outros também se sintam inferiores diante da sua conquista?
Zongo Armando em, A COMPETIÇÃO, PRÓS E CONTRAS
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