INVESTIMENTO NO CAPITAL HUMANO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO DE ANGOLA.
Há cada vez mais estudantes do ensino fundamental sem objectivos claros, entretanto, há necessidade de orientar os estudantes do ensino fundamental a ingressar no ensino superior de acordo ao seu perfil curricular e aspiracões profissionais, Construir uma identidade digna de um estudante universtário em termos académicos e culturais, aprimorando a formação integral do jovem/cidadão angolano exemplar.
O INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO
O investimento na educação e formação profissional de qualidade está intrinsecamente relacionado com o desenvolvimento económico e social de Angola, porque o mesmo aufere níveis de produtividade, desenvolvimento tecnológico e uma população mais instruída e capacitada para o mercado de trabalho. Os estudos apontam uma forte relação entre qualidade de educação e formação profissional e o desenvolvimento económico e social.
Consequentemente, os ganhos com o investimento em educação ocorrem através da ampliação dos níveis de conhecimentos e aperfeiçoamento das habilidades ao decorrer do tempo, que por sua vez proporciona maior produtividade aos indivíduos e uma renda mais alta no mercado de trabalho. Sempre que a educaç ão elevar futuras rendas dos estudantes, teremos um investimento. “É um investimento no capital humano, sob a forma de habilidade adquirida na escola.
O país vive diversos desafios sendo os de maior incidência os casos sociais e económicos na qual requer uma participação ativa da sociedade em geral, uma vez ajustada, fomentara uma dimensão interativa por meio do trabalho em vários sectores e cenários, diminuído assim a assimetrias regionais que o país vive. As mudanças contínuas do mercado internacional obrigam uma nova postura de políticas económicas em Angola, a muito ignorada que requer rigor por parte do estado e de todos intervenientes económicos.
Zau, F. (2018, Janeiro 31). A problemática educativa em Angola. Retrieved from Jornal de Angola: http://jornaldeangola.sapo.ao/opiniao/artigos/a_problematica_educativa_em_angola
Angop. (2018, Outubro 24). Sinprof insatisfeito com proposta do OGE 2019 para educação. Retrieved from Agência Angola Press: http://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/educacao/2018/9/43/Sinprof-insatisfeito-com-proposta-OGE-2019-para-educacao,44b52078-9477-4bac-9478-032a8c3c0676.html
Angop. (2019, Novembro 30). OGE 2020 aumenta receitas da Educação. Retrieved from Agência Angola Press: https://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/mobile/noticias/educacao/2019/10/48/OGE-2020-aumenta-receitas-Educacao,f3fa1e55-a144-4912-bdf0-8a092d849da9.html?version=mobile
A POLÍTICA (COLONIAL) EDUCATIVA
PORTUGUESA
Fase 1 (Primeira estrutura oficial do Ensino)
Apesar da chegada dos portugueses em 1482 em Angola, apenas em 1845 foi instituída em Angola uma estrutura oficial do Ensino, criado Joaquim José Falcão, ministro do Estado (Ensinar português e cultura portuguesa). Ensino essencialmente dedicado a instrução de leitura e escrita.
Fase 2 (Conferência de Berlim)
Com a conferência de Berlim em 1884 portugueses tentaram impor uma ideologia patriótica. O homem branco português, tinha como missão “civilizar” os negros, considerados “seres biologicamente inferiores. Não se acreditava que o negro poderia aprender como branco.
Fase 3 (civilização dos angolanos 1910-1926 – Nortom de Matos)
No período (1910 - 1926) - Norton de Matos (governador-geral) defendeu a instrução em Angola como meio de civilização dos angolanos. Defendeu, de igual modo, a separação da educação ministrada aos africanos daquela ministrada aos portugueses. Para o indígena, a instrução literária limitava-se somente a: falar, ler e escrever o português, as quatro operações aritméticas e o conhecimento da moeda corrente de Angola.
Prevalecia a instrução técnica e profissional em detrimento da instrução literária e humanística. As mulheres a costura, cozinhar, arrumar. Estando em todos os sectores e regulado por uma moral nacionalista cristã.
Fase 4 (Estado novo)
No estado novo a escola foi transformada em veículo de transmissão da ideologia salazarista, aprender o básico ou a base da mecânica, tanto na metrópole como nas colônias.
Fase 5 (ONU)
A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945. Portugal procedeu, na sequência desses consensos internacionais, a algumas alterações da sua política colonial.
Assim, em 1953 “o império dá lugar às províncias ultramarinas. Argumentando que Portugal seria um só país, não tendo por isso de prestar contas do que se passava no interior.
Em resultado dessas pressões internacionais, em 1961 o Estatuto dos Indígenas foi abolido.
Fase 6 (Reforma do Ensino Primário – 1964)
Em 1964 surgiu a Reforma do Ensino Primário Elementar nas Províncias Ultramarinas. Esta instituíu o ensino primário como obrigatório e “gratuito para as crianças dos 6 aos 12 anos”.
Foram igualmente criadas, por decreto ministerial e por proposta do governo geral de Angola, escolas do magistério primário para a formação de professors.
O papel da Igreja durante o estado colonial
De destacar o papel desempenhado pelos jesuítas, que se dedicaram à pregação da fé católica. As relações entre o Estado português e a Igreja católica foram reforçadas a partir de 1930. O Estado transferiu assim a responsabilidade do “ensino dos indígenas” para essas missões, não deixando, contudo, de o regular e supervisionar.
A chegada das missões protestantes, no final do século XIX, significou maiores oportunidades de acesso à educação e à formação religiosa dos africanus. Seus ideais de defesa dos direitos e deveres dos africanos, bem como de melhoria das suas condições de vida e do “respeito pela dignidade do africano”, constituíram uma séria ameaça ao empreendimento colonial, que não viu com bons olhos a a atuação dessas instituições religiosas.
Fase 7 (A criação dos estudos gerais universitários)
O governador-geral Venâncio Deslandes apresentou ao ministro do Ultramar, Adriano Moreira, o primeiro projeto de criação do ensino superior em Angola, que recebeu a designação de Escola Superior Politécnica de Angola.
Por muito tempo a metrópole preferiu manter o sistema de bolsas de estudo, condicionando assim a ascensão social e as aspirações dos angolanos a cargos mais elevados na administração colonial.
A 21 de agosto de 1962, foram então criados os Estudos Gerais Universitários de Angola, integrados à Universidade Portuguesa.
Os Estudos Gerais começaram a funcionar em 1963, disponibilizando os cursos de “medicina, engenharia, veterinária, agronomia, silvicultura e ciências pedagógicas”. Em 1968 os Estudos Gerais receberam a designação de Universidade de Luanda.
Desde logo, a Universidade de Luanda deu origem à Universidade de Angola (1976) e, posteriormente, em 1985, à UAN.
Universidade Católica de Angola (UCAN), criada em 1999.
Outras instituições de ensino superior privado surgiram depois da UCAN, tendo sua implementação atingido o apogeu em 2007.
Fase 7 (Independência)
Em consequência dessa política educativa seletiva, Angola chegou à independência com uma taxa de analfabetismo na ordem dos 85%.
A aprovação da lei n. 4, de 9 de dezembro de 1975, que nacionaliza o ensino e cria um Sistema de Ensino Geral, de formação técnica e profissional, assumindo o Estado a responsabilidade de oferecer educação a todos os angolanos. Educação como direito.
Fase 8 (Guerra civil)
Antes da guerra civil o ensino foi estruturado em cinco etapas: ensino primário, ensino secundário (I e II nível), ensino médio e universitário.
Com a assinatura dos acordos de Bicesse, em 1991, e as alterações políticas e económicas que se seguiram, houve, novamente, uma intenção de reestruturar o sistema educativo, extinguindo sobretudo “muito do [seu] teor ideológico-partidário”.
A Cimeira do Milénio de 2000 trouxe a proposta da reforma educativa que adotamos.
Estado da ciência e tecnologia em Angola.
O
relatório de 2015 da UNESCO indica que Angola está numa posição desfavorável em
relação ao número de artigos científicos, indexados em publicações
internacionais. Angola conta com dois artigos científicos por um milhão de habitantes.
Angola
tem um investimento débil na produção científica, por não atingir um por cento
do PIB, tal como recomenda a UNESCO. Entre 2011 a 2012, referem que Angola
apenas investiu 0,07 por cento do PIB em ciência.
O investimento em ciência tem uma relação com a capacidade de produção do novo conhecimento e com a capacidade de produtividade do país.
ACADEMIA DE CIÊNCIAS
Entre
2013/2017 PND (Plano Nacional
de
Desenvolvimento)
previa
a criação de
uma
academia
de
ciências.
PROPÓSITOS DA ACADEMIA DE CIÊNCIAS
- Dedicar-se à pesquisa científica;
- Divulgar e impulsionar o debate nacional sobre cultura científica e a política nacional de ciência, tecnologia e inovação;
- Estabelecer o sistema de avaliação e controlo de qualidade das unidades e centros de investigação científica e tecnológica.
- Promoção da articulação entre o sistema do ensino superior e o sistema de ciência e tecnologia com o sistema produtivo, assim como a definição de política nacional de aquisição e transferência de tecnologias adequadas às necessidades do país.
Dicas
- Criar incentivos para os investigadores, atribuindo valor as suas pesquisas, aplicando os seus estudos;
- Criar iniciativas ou financiamentos de pesquisas;
- Acompanhar os programas para avaliar a sua viabilidade, eficiência e elaborar relatórios credíveis dos resultados.
Centro
Nacional de Investigação Científica (CNIC) - instituição de investigação
científica de referência nacional e também de apoio à formação avançada de
investigadores científicos e de outros actores do Sistema Nacional de Ciência e
Tecnologia
(https://ciencia.ao/sistema-nacional-de-ciencia/instituicoes-de-investigacao-cientifica-e-desenvolvimento/85-centro-nacional-de-investigacao-cientifica).
Linhas de Trabalho em Execução
- Estudos sobre os povos de Angola;
- Segurança alimentar e nutricional;
- Princípios bioactivos;
- Doenças negligenciáveis;
- Estudos fitoquímicos.
Universidade Agostinho Neto (https://www.webometrics.info/es/detalles/uan.ao)
Ranking Mundial 7729
Ranking Continental 150
Universidade Católica (https://www.webometrics.info/es/detalles/ucan.edu)
Ranking Mundial 12301
Ranking Continental254
Documentos publicados de 1996-2019
(https://www.scimagojr.com/countryrank.php?year=2018)
Angola 1159
| 1088 | 12315 | 944 | 10.63 | 45 |
USA
12070144
| 10701848 | 297655815 | 134368758 | 24.66 | 2222 |
China
5901404
| 5785424 | 48833849 | 27480980 | 8.27 | 794 |